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TOMAR – Regresso doloroso ao passado: neste Domingo cumprem-se quatro anos desde o homicídio de João Perisco

Neste Domingo, cumprem-se quatro anos desde o homicídio que colocou Tomar no mapa dos crimes mais horrendos à escala nacional. Uma desavença entre amigos de infância acabou da pior forma com a morte de João Perisco às mãos de Carlos Mata, na altura residentes na localidade de Soianda, na área territorial de Casais. No dia 24 de Abril de 2012 houve registo para o desaparecimento da vítima. Os respectivos pais, preocupados, recorreram ao próprio Carlos Mata para que os ajudasse a encontrar o filho. Só que, a essa altura, Perisco já tinha sido assassinado pelo então treinador da equipa de futebol do Ferreira do Zêzere. A Polícia Judiciária não tardou a chegar a Carlos Mata, encontrando-o num café. Foi detido e confessou a autoria do homicídio, garantindo mesmo que teria atirado o corpo do amigo para o mar, na Nazaré. Depois de dias e dias de buscas, este cenário nunca se confirmou, sendo que as dúvidas continuam até hoje, ou seja, o corpo de Perisco nunca apareceu. Carlos Mata continua a cumprir a pena de vinte anos de prisão, não só pelo homicídio mas também por profanação de cadáver. Na memória ficam as palavras, no final da leitura do Acórdão, proferidas pelo juiz-presidente do Tribunal de Tomar, que olhou directamente para Carlos Mata, dizendo-lhe que em Portugal é normal que os condenados cumpram metade da pena e possam sair em liberdade condicional, mas, neste caso, reforçou, se ele «fosse um dos familiares da vítima enviaria uma carta todos os dias para o juiz de execução de penas, Ministério Público e serviços de reinserção social» para que tal não sucedesse.