Todos os anos no mês de Abril é o mês de “iniciativas mil” do Rancho de Alviobeira. Este ano com a presença do vice-presidente da Câmara – Hugo Cristovão e alguns membros da Assembleia de freguesia da União de freguesias de Casais/Alviobeira, já que o presidente da junta por outros afazeres não podo estar presente. O recém eleito presidente da Casa do Concelho de Tomar- Carlos Galinha; a convite do José Manuel do Fumeiros dos Templários, teve o sue primeiro contacto, com uma instituição rancho que eleva ao mais alto nível o regionalismo e certamente ficou maravilhado com esta forma de estar e ser. Mas o repórter ausente, que foi o meu caso, pega nas palavras da directora do rancho e a mesma descreve na primeira pessoa o que lhe vai na alma “O Rancho de Alviobeira vai bem, obrigado!
Criado no ano de 1988, como uma associação sem fins lucrativos, destinada a recolher, preservar e divulgar os usos e costumes dos seus antepassados assim como a promover eventos etno-folclóricos, culturais, sociais e comunitários, o RFEA tem realizado diversas atividades de grande significado não apenas para a dinamização da vida desta aldeia, mas para a preservação da memória de um povo. Já com uma idade de merecer respeito, o nosso Rancho está de parabéns.Fruto de uma necessidade sentida pelos jovens de ocupar os seus tempos livres, pois nessa altura a oferta era pouca, um grupo de jovens decidiu formar um Rancho. Hoje ele é muito mais do que uma forma de ocupar os tempos livres, é uma referência folclórica, etnográfica e cultural, na aldeia, no concelho e no País. Muitas foram as pessoas que por aqui passaram, atualmente são cerca de cinquenta componentes, cinquenta vontades e personalidades distintas. Não é, nem será fácil. Requer capacidade de diálogo, proximidade e aceitação das críticas. Liderar este Grupo requer muita dedicação, abertura e capacidade para estabelecer consensos, porque a liderança é uma acção e não apenas uma posição.
Se há vinte e noves anos atrás o desafio era grande, hoje ele é ainda mais desafiante. Deparamo-nos com novas realidades sociais e culturais, com uma geração diferente daquela que exitia à vinte e nove anos atrás com mais e variadas ofertas culturais, o que tem afastado alguns jovens dos ranchos e das associações. Felizmente que por cá esse afastamento não se sente, no entanto é precisso um esforço adicional para não ficarmos parados e agarrados ao passado, reiventando-nos e inovando continuadamente. O mês de Abril é o mês do nosso aniversário e por isso as atividades itensificam-se ainda mais, proporcionando a todos que visitam esta aldeia um conjunto variado de atividades. Assim depois do Serrar da Velha, este domingo fizemos o nosso almoço de aniversário reunindo à volta da mesa todos aqueles que fazem questão em marcar presença e apoiar a atividade deste Rancho. O tema deste ano foi a Primavera, e o salão paroquial encheu-se de cor, flores e passáros para receber os nossos convidados. Embora o trabalho seja conjunto, não podemos deixar de agradecer à Cláudia que fez os passáros e flores em origami e à Guilhermina que fez o arranjo de flores.
A Primavera é o começo de um novo ciclo, é a estação do despertar. Nesta estação, saímos da introspecção do inverno e passamos a florescer e a despertar. É a chegada da energia que nos faz abrir novas fontes de criatividade e nos torna mais optimistas, observadores e determinados. Que a primavera, como momento de florescimento, recomeço, clareza e iluminação, nos inspira a procurar um significado para a vida. Que saibamos sempre buscar luz e força interior, essenciais para continuar a percorrer o caminho. Que este aniversário seja um momento de aprender a olhar os nossos desafios como oportunidades de crescimento pessoal e que saibamos permanecer juntos, porque só assim podemos fazer mais e melhor. Sabemos que o desafio é grande e permanente, mas acreditamos que a nossa vontade é maior, porque somos/queremos um Rancho, sem medo de errar, capaz de assumir desafios e que projeta um futuro. Muito obrigado pela vossa presença”
Texto de A. Freitas e Manuela Santos com Fotos de António José Dias