CULTURA

TOMAR – Rancho de Alviobeira mereceu ‘casa cheia’ na realização de ‘Fios soltos’

“Fios Soltos”, do Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira, uma peça de teatro com texto e encenação que nos faz pensar, refletir, chorar para os mais sensíveis e que nos remete para o papel da mulher, em tempos idos sem direitos a não ser casar, criar uma prole de filhos, servir o marido, ser submissa e trabalhar trabalhar. Uma encenação digna, profissional feita por quem ama o teatro e a representação – que um dia, e já lá vão bons anos,-  Manuela Santos desenvolveu talentos de um rancho folclórico e provou que ser folclorista é muito mais que dançar e mostrar a etnografia. Gisela Miranda num papel dramático, difícil, por vezes trágico da mulher mãe de uma dúzia de filhos, agora  idosa, num lar, com o Alzheimer a fazer das suas e em cena  uma vintena de grandes atores, uma sonoplastia muito boa, aliado a um cenário de portas que se abrem e fecham, de diferentes estilos, como são as portas da nossa vida. Um elenco em que as crianças algumas com cinco anos, tem um papel de relevo. Nestes 37 anos do Rancho Fol Etno Alviobeira , num mês de Abril que Acontece mais uma vez a dinâmica não pára de nos surpreender e em casa cheia com mais de 100 pessoas, uma peça teatral que pode ombrear ao lado dos profissionais das artes cénicas, que nunca cursaram escolas teatrais, com poucos meios, já pisaram outros palcos e esta peça deve “soltar os seus fios” noutros palcos e não ficar só presa à meada! E como em Abril é o mês do aniversário, após a mostra de sopas, da peça de teatro segue-se a Grande Gala do Rancho dia 24 de Abril e dia 26 o festival de folclore. Iniciativas a não perder, pois vale a pena e a ter lugar no Centro Recreativo e Cultural. António Freitas