O Largo do Coval em Alviobeira foi o ponto de encontro da comunidade, que a convite do rancho folclórico e etnográfico se associou à festa de Natal com a recriação de uma aldeia, no referido largo com encenações de presépio ao vivo, a lareira com a confecção de café, os animais nos referidos estábulos, estátuas vivas, danças e cantares e muito doces natalícios à venda. Pouco a pouco neste dia 23 de Dezembro, a partir das 14H30, as pessoas foram-se juntando quer da aldeia, quer das aldeias vizinhas limítrofes e, o Grupo Pedra e Cal com as suas músicas tradicionais populares a animar e o rancho com as suas danças e encenações, criaram três horas de convívio, numa época em que tudo anda numa correria a fazer compras natalícias e em que o convívio, entre as pessoas das aldeias deixou de estar presente. Foi por assim dizer o encerrar de mais um ano de ouro, em termos de actividades do rancho que mexem com a comunidade e criam momentos de convívio e que todos os anos se iniciam com o cantar dos Reis, a que se segue o aniversário do rancho e festival de folclore, a ronda das adegas, o mercado à moda antiga e intervalado com outros espetáculos, mais arrojados, como desfiles de moda, de tempos idos ou de fatos de noiva de outros tempos e inovações que a encenadora Manuela Santos vai criando e depois passar á prática, com ensaios, criação de decor, arranjos musicais e sempre lutando contra a eterna falta de meios, quer financeiros, quer por vezes humanos, em que os elementos do grupo, tem que ser pau para toda a obra e cuja disponibilidade nem sempre é aquela que se quer, mas a que é possível. Fazer cultura e dar cultura nos meios rurais não é fácil; a política cultural das Câmaras e apoios a quem faz, não tem em conta nem sabe quem faz e o que faz e, fazer qualquer coisa, mesmo por muito barato que seja, custa dinheiro e como sabemos a nível da câmara de Tomar há sempre milhares para pagar espectáculos feitos por quem vem de fora, naquela lógica do que se faz com a “prata da casa” não arrasta público. António Freitas