A segurança, ou falta dela, no concelho de Tomar marcou, como se esperava, a reunião entre o executivo camarário que decorreu nesta segunda-feira. Partido Social-Democrata e Independentes não deixaram passar aquilo que tem acontecido, nos últimos meses, na cidade e no concelho, sendo que o exemplo mais recente se centrou nas cenas de pancadaria registadas na Praça da República. João Tenreiro, vereador do PSD, não poupou nas palavras e refere que Tomar «não é uma cidade segura», estendendo esta avaliação às freguesias rurais para dizer que «as aldeias estão à mercê dos larápios»: «Há claramente segurança em Tomar. Tomar, infelizmente, neste momento, não é uma cidade segura. Não é. Mas também não nos podemos esquecer que no meio rural também há falta de forças de segurança da GNR para fazer face ao que se passa. Nós vemos que muitas aldeias estão à mercê dos larápios. E não há GNR suficiente. Por isso, voltamos a pedir que seja realizada uma reunião, com carácter de urgência, de falar sobre o que se passa no concelho. As pessoas estão a abandonar o concelho, o centro histórico está cada vez mais desabitado, pelo que temos que fazer valer estas questões».
Quem alinhou pelo mesmo diapasão foi Pedro Marques. O vereador dos Independentes recuou ao passado para lamentar que a saída da Polícia de Segurança Pública do Palácio Alvim, no centro histórico, tenha resultado no final de uma vigilância mais efectiva das autoridades na parte antiga da cidade: «Quando há problemas de segurança na cidade, aparece logo alguém a dizer que não há problemas de segurança… a realidade é que os factos acontecem. Volto a lembrar aquilo que sempre referimos quando a PSP deixou de estar no Palácio Alvim e foi para a parte nova da cidade, ou seja, era necessário haver uma maior presença na zona histórica, nomeadamente à noite e aos fins-de-semana. Porque é aqui que acontecem estes episódios. E quando as instalações da PSP estavam no Palácio Alvim havia uma maior proximidade e as coisas não aconteciam com tanta frequência. Não estou com isto a dizer que na parte nova da cidade não aconteçam também situações do género mas estes actos que envolvem agressões físicas e distúrbios acontecem na zona histórica. A chamada polícia de proximidade deveria de acontecer e estar em prática mas, infelizmente, isso não acontece».
Na resposta, Anabela Freitas referiu que está agendada, para este mês, uma reunião com a PSP e com a GNR, sublinhando que «é importante que as forças de segurança transmitam quais são as suas preocupações».