António Jorge, vereador do Partido Social-Democrata na Câmara de Tomar, expressou a sua preocupação, na recente reunião do executivo camarário, relativamente aos números em torno dos ingressos no Instituto Politécnico durante a primeira fase de candidaturas ao ensino superior. O autarca expressou a necessidade de o município adoptar acções de promoção daquela instituição mas também do concelho no sentido de desenvolver estratégias que permitam inverter este quadro de perda de importância do IPT: «O Politécnico tinha, no início desta fase, 477 vagas e foram preenchidas 145, o que não quer dizer que sejam inscrições. Sobraram 332. Isto é sinónimo de que Tomar é um segundo plano para quem se candidata. Julgo que ainda vamos a tempo, agora para o próximo ano lectivo, de darmos as mãos à direcção do IPT no sentido de ajudar a estabelecer estratégias de marketing, estratégias de desenvolvimento e parceria no sentido de irmos para a rua. Isso deveria ser feito durante este ano para que possamos vender a cidade de Tomar, aquilo que é Tomar, e valorizar aquilo que é disponibilizado pelo Politécnico. Neste particular, a IBM é um caso de sucesso uma vez que ultrapassa, já, a criação de duzentos postos de trabalho».
Na resposta, a presidente da Câmara de Tomar referiu que há mais de um ano que a autarquia reúne com a direcção do IPT para articular as acções de promoção da instituição e do concelho. Anabela Freitas lembrou que nem sempre é fácil fazer ajustamentos nomeadamente ao nível dos cursos: «Já reunimos com o Instituto Politécnico no sentido de haver maior articulação. Temos o entendimento de que um estudante quando escolhe um local para estudar, também é dada relevância ao peso dessa mesma cidade. Há mais de um ano que falamos nesse sentido. Quando o IPT faz marketing ao que é a sua escola também o deverá fazer ao que são as oportunidades da cidade. Mas não nos podemos esquecer daquilo que aconteceu há cerca de um ano relativamente às políticas centrais em relação à educação no ensino superior. Não é fácil conseguir de um ano lectivo para o outro fazer este tipo de ajustamentos».