‘Estalou’ a polémica em torno das obras que estiveram em curso no designado como ‘Fórum Romano’, estrutura situada na rua Carlos Campeão, nas traseiras do quartel dos Bombeiros. Por ocasião da recente reunião entre o executivo da Câmara de Tomar, Tiago Carrão, vereador do Partido Social-Democrata, chegou mesmo a afirmar que os eleitos do Partido Socialista estavam «a brincar com os tomarenses» e com a sua própria bancada, desde logo porque estava em causa a votação da homologação do auto da vistoria e da aprovação da conta da empreitada, algo que o eleito do PSD disse já ter sido feito há um mês. Recorde-se que a obra para o ‘Fórum Romano’ foi adjudicada em Fevereiro de 2021, num investimento de 530 mil euros e com prazo de execução de aproximadamente um ano. A verdade é que a empreitada só foi dada como finalizada a 14 de Junho último e as contas subiram aos 708 mil, ou seja, houve registo para cerca de 200 mil euros a mais em trabalhos complementares. Estes números serviram, aliás, de suporte para a intervenção de Tiago Carrão, que questionou sobre as condições contratuais em que o empreiteiro esteve. As dúvidas de Tiago Carrão não se ficaram por aqui, focando-se, depois, em situações que classificou como «bastante graves» e «estranhas». Esteve em causa, segundo o eleito do PSD, uma multa de 23 mil euros que tinha sido aplicada ao empreiteiro devido a um atraso de 47 dias, sendo que o responsável pelo Departamento de Obras Municipais defendeu o perdão do referido valor. E a estranheza centra-se, precisamente, neste ponto. Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, classificou como «pertinentes» as questões colocadas por Tiago Carrão e advogou que a aprovação dos trabalhos complementares «produziu efeitos a partir da data de deliberação» do executivo. A autarca deixou claro que os serviços têm de analisar este processo.