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TOMAR – PSD “arrasa” PS e CDU, acusando-os de «mentir descaradamente» e de se comportarem como «meninos birrentos»

Num comunicado enviado para a redacção da Hertz, o Partido Social-Democrata admite o cenário de eleições antecipadas. Sem o dizer claramente, o texto em causa refere que «Em Outubro de 2017, os eleitores vão ter a oportunidade de julgar a irresponsabilidade desta governação, quer do PS, quer da CDU. Contudo, se esta gestão continuar a seguir a senda desastrosa que tem vindo a pautar, o PSD tudo fará para que o “julgamento” possa ser antecipado, pois Tomar não se pode “afundar” mais», avisa, assim, a Comissão Política Concelhia dos sociais-democratas que exigem explicações ao PS e à CDU e ainda «respeito pelos tomarenses».

É, aliás, por este diapasão que segue o PSD, ou seja, invocando que a coligação que gere os destinos da Câmara tem faltado ao respeito aos cidadãos. E esta análise tem por base a recente anulação do concurso de mobilidade na autarquia nabantina, situação justificada pela presidente Anabela Freitas com o Orçamento de Estado. O Partido Social-Democrata não acredita e garante mesmo que os ditos concursos «foram anulados por imposição do vereador da CDU», acusando Partido Socialista e Coligação Democrática Unitária de «tentar mandar mais uma vez “areia para os olhos” dos tomarenses, mentindo descaradamente, como aliás já o fez durante toda a campanha eleitoral onde, nomeadamente, afirmou que em “100 dias apresentava uma solução para o flecheiro”».

O texto prossegue num tom arrasador para a coligação, ou seja, o PSD acusa PS e CDU de querer «colocar as culpas das “guerras” internas na oposição e na comunicação social, quando na verdade se comportam como “meninos birrentos” que tanto ameaçam que fazem, como não o fazem e depois deixam de o fazer». O vereador Rui Serrano também não escapa e é acusado de se «escudar num silêncio temeroso, dando origem a várias especulações».

Eis, então, na íntegra, o comunicado da Comissão Política Concelhia do Partido Social-Democrata:

«1. Tomar volta a ser notícia a nível nacional, mais uma vez devido às peripécias que esta governação PS/CDU nos tem vindo a habituar.

2. Se já na reunião de Câmara de 4 de janeiro foi possível testemunhar um triste desempenho dos membros da Coligação PS/CDU, na reunião de 18 do mesmo mês a senhora presidente comunica que tinha anulado os concursos por mobilidade, (concursos que tinham admitido nos quadros do município o seu anterior chefe de gabinete), uma vez que, pasme-se, havia sido aconselhada por um governante para tal.

3. Invocou que não poderia ultrapassar a despesa do ano anterior, tendo em conta o Orçamento de Estado em vigor. Então, mas como governante não o deveria já saber? Aliás, o PSD, na declaração de voto que fez e nos vários requerimentos que apresentou afirmou que “Considerando que o Orçamento de Estado em vigor introduziu a regra de proibição de aumento da despesa de pessoal em 2015, com a exceção para os municípios que em 2014 tenham uma despesa com pessoal e aquisição de serviços a pessoas singulares inferior a 35% da média da receita corrente líquida, cobrada nos últimos três exercícios, sendo aqui possível aumentar o montante correspondente a 20% da margem disponível”;
4. De salientar que este requerimento foi apresentado em 28 de Setembro de 2015 e a Senhora Presidente não deu, até à data, qualquer resposta, como vem sendo, infelizmente, hábito seu.

5. Sejamos verdadeiros: os concursos foram anulados por imposição do vereador da CDU.

6. É pena que esta governação tente mandar mais uma vez “areia para os olhos” dos tomarenses, mentindo descaradamente, como aliás já o fez durante toda a campanha eleitoral onde, nomeadamente, afirmou que em “100 dias apresentava uma solução para o flecheiro”.

7. Acresce ainda que a governação PS/CDU quis mais tarde colocar as culpas das “guerras” internas na oposição e na comunicação social, quando na verdade se comportam como “meninos birrentos” que tanto ameaçam que fazem, como não o fazem e depois deixam de o fazer.

8. Acresce ainda que o vereador Serrano, que foi demitido de vice-presidente, e de seguida renunciou aos pelouros, não veio tão pouco justificar por que razão, passados pouco mais de 15 dias, veio novamente a ter pelouros, escudando-se num silêncio temeroso, dando origem a várias especulações.

9. Nesta Câmara tiram-se e devolvem-se pelouros e tempos inteiros, “brincando-se” aos autarcas, sem qualquer responsabilidade e garantias para com os cidadãos.

10. Esta atuação por parte desta coligação PS/CDU continua infelizmente a tirar credibilidade ao concelho de Tomar e falta declaradamente ao respeito com todos os cidadãos que obviamente esperam dos seus governantes atitudes dignas do lugar que ocupam, mas que infelizmente não é o caso.

11. Tomar perdeu já mais de 2 anos, numa fase da vida nacional e do município em que era urgente aproveitar oportunidades existentes.

12. Continuamos sem saber quais os projectos concretos para o Flecheiro, para o Turismo, para os Museus, para a solução do “Parque T”, para a Limpeza da cidade e do Rio, para o Emprego no concelho, para os projecto das Praias fluviais, para a Fixação de jovens, para o desenvolvimento económico, social e cultural.

13. Não existe o fomento e apoio às atividades económicas, não existe políticas de atração de instalação de novas empresas e criação de postos de trabalho.

14. Constata-se um completo desprezo pela resolução de muitos dos mais evidentes problemas das freguesias rurais e não existe qualquer política de ordenamento quanto à malha urbana.

15. Tudo isto porque temos uma Câmara onde os seus governantes não se entendem, não se sabem comportar e não sabem governar e que assim faltam ao respeito de todos os tomarenses.

16. O PSD de Tomar exige explicações e respeito pelos Tomarenses. Em outubro de 2017 os eleitores vão ter a oportunidade de julgar a irresponsabilidade desta governação, quer do PS, quer da CDU. Contudo, se esta gestão continuar a seguir a senda desastrosa que tem vindo a pautar, o PSD tudo fará para que o “julgamento” possa ser antecipado, pois Tomar não se pode “afundar” mais».