«A Câmara dos ajustes diretos». Foi desta forma que João Tenreiro, eleito pelo PSD na Assembleia Municipal de Tomar, se referiu aos recentes procedimentos da autarquia nabantina durante o ano de 2022, justificando esta avaliação com os números: houve registo, até agora, para 57 ajustes diretos, 60 contratos por consulta prévia e 12 por concurso público, indicadores que mereceram, então, as críticas dos sociais-democratas, que se suportam em acórdãos do Tribunal de Contas para referir que os ajustes diretos não devem ser uma regra. João Tenreiro focou-se, depois, num contrato para aquisição de equipamento para montagem do Centro Interpretativo Tomar Templário, num investimento a rondar os 207 mil euros e cujo prazo de execução foi largamente ultrapassado:
Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, disse que está em causa uma candidatura no âmbito do Turismo de Portugal e assegurou que o contrato está suspenso por pedido da empresa:
João Tenreiro centrou, ainda, atenções no ajuste direto que esteve na base do Centro Mágico do Natal, atualmente em curso na Praça da República, advertindo que poderá estar em causa um processo que «roça a ilegalidade» tendo em consideração que a Câmara de Tomar já promoveu três ajustes diretos com a mesma empresa no espaço de um ano:
Anabela Freitas respondeu, novamente, à interpelação de João Tenreiro e assegurou que não tem «nada a esconder». Se por um lado o Centro Mágico foi justificado com o combate à sazonalidade turística, o ajuste direto com a empresa promotora centra-se na criação de peças de autor que não podem ser utilizadas em mais nenhum evento: