Os bairros sociais de Tomar voltaram a ser tema em análise na recente reunião da Câmara Municipal. Luís Francisco, vereador do Partido Social-Democrata, quis saber qual a intervenção que tem sido feita pelos serviços da autarquia, desde logo no acompanhamento às famílias que saíram do Flecheiro e que foram colocadas no 1.º de Maio e no Nossa Senhora dos Anjos. O eleito do PSD, a propósito desta mudança, não hesitou em referir que os habitantes que estavam no Flecheiro, precisamente, «de algum modo têm perturbado a normal habitabilidade e vizinhança a pessoas que lá (ndr: bairros) vivem há dezenas de anos e que se continuam a queixar». Luís Francisco disse mesmo que «algumas pessoas são forçadas a abandonar as casas pois não há condições mínimas de segurança e de bem-estar».
Na resposta, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, assegurou que «se há pessoa no executivo que conhece bem a realidade» é, precisamente, o próprio, reforçando que «não há insegurança nos bairros». O eleito do PS admitiu, por outro lado, a existência «de ruído», «como sempre houve». Hugo Cristóvão recuou mesmo ao primeiro mandato da governação socialista para recordar que «recebia várias pessoas e, já na altura, as mais idosas queixavam-se e não era de nenhuma etnia em particular». O presidente da Câmara de Tomar garantiu que os serviços de ação social estão vigilantes, com acompanhamento semanal.