O Partido Social-Democrata quis explicações sobre as razões que estiveram na base do encerramento da sala de aulas que existia na freguesia de Sabacheira e que, recorde-se, já não irá abrir no ano lectivo que se avizinha. Esta estrutura era “apenas” uma extensão da escola de Carregueiros mas, ainda assim, eram esperados cerca de dez jovens. Na altura, a Hertz falou com António Graça, presidente da Junta da Sabacheira, que se mostrou contra o fecho da sala, não hesitando em apontar o Governo por considerar que «vê a educação como números». João Tenreiro, vereador do PSD, recuperou estas considerações e quis saber o que fez o Município para impedir esse encerramento. E as críticas principais foram dirigidas a Hugo Cristóvão, responsável pelo pelouro da educação: «Fiquei com uma certeza: não houve um pedido de autorização excepcional por parte do vereador do pelouro da educação. E porquê? Porque entende que nove alunos numa freguesia que não tem nenhuma escola e, tal como o presidente de Junta, entende que não vale a pena potenciar aquela escola. Não entremos em questões numéricas. Isso é um erro que vai levar à desertificação».
Confrontado com estas palavras, o vereador Hugo Cristóvão esclareceu que esta situação colheu o apoio da Câmara de Tomar e do Agrupamento «face à falta de fundamento para manter esta sala» ao contrário de Santa Cita e de Paialvo, onde foi possível fundamentar a manutenção junto do Ministério da Educação, referiu o eleito do Partido Socialista: «As duas entidades que, para além da DGEST, teriam que fundamentar qualquer situação que entendêssemos possível de manter. Se para Santa Cita e Paialvo entendemos que seria possível manter o actual figurino, no caso da Sabacheira não havia qualquer justificação porque os alunos “cabem” em Carregueiros. Entendeu-se que não havia justificação para manter uma escola com nove alunos».