Afinal, ao que tudo indica, hoje não haverá lugar para a realização da sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Tomar dedicada ao 25 de Novembro. Tal como a Hertz adiantou em tempo oportuno, o Partido Socialista já fez saber que não irá marcar presença no encontro, tal como a CDU, o que equivale por dizer que 15 eleitos (13 do PS e dois dos centristas) não irão comparecer. Desta forma, a menos que Paulo Mendes, do Bloco de Esquerda, apareça na sessão – o que não é, de todo, expetável – então a Assembleia não terá quórum suficiente para se realizar. Também existem dúvidas sobre a posição de Américo Pereira, dos Independentes do Nordeste, mas só com a ida destes dois últimos elementos é que se poderia realizar a Assembleia. Ou seja, para já, confirmados estão Hugo Costa, que terá de estar presente por ser presidente da Mesa, assim como 12 eleitos do PSD, um do CHEGA e outro do CDS, num total de 15, isto quando o regimento obriga à presença de, pelo menos, 17 elementos. Desta forma, não restará outra alternativa a Hugo Costa que não cancelar a sessão… que poderá ser realizada, com qualquer número de eleitos, caso as forças signatárias do requerimento que esteve na base da realização desta Assembleia assim continuem com esse propósito. De qualquer forma, a sessão continua marcada para as 21 horas de hoje, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Importa, então, recordar as posições públicas já assumidas por PS e CDU. Quanto aos socialistas, por exemplo, começam por citar Hugo Cristóvão, presidente da Câmara e da Concelhia, que referiu, no último Dia da Cidade: “Celebremos o que une, não o que divide”. Ficou dado o mote para duras críticas às «intenções» de sociais-democratas e centristas: «apesar de a própria Assembleia Municipal ter já chumbado maioritariamente uma moção para celebrar o dia 25 de novembro, vem-se agora, de forma intempestiva, sobranceira, de afronta e nada querendo unir (antes pelo contrário), no decurso de uma assembleia apresentar um requerimento para esse efeito. A demonstração clara de que as intenções são apenas panfletárias e muito longe da tal dignidade que uma qualquer celebração abrangente devesse ter». Já a Coordenadora da CDU de Tomar escreve, também em comunicado, em «impulso tardio de ajuste de contas com a Revolução de Abril, que não está desligado do crescimento de movimentos políticos e forças de caráter retrogrado, antidemocrático e fascizante na sociedade portuguesa. Desengane-se quem, por leitura do ponto único da ordem de trabalhos da sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Tomar, considerar que esta não é uma sessão comemorativa», critica a CDU nesse mesmo texto.