Início LOCAL TOMAR – Processo ParqT: Anabela Freitas admite que Município pode ser alvo...

TOMAR – Processo ParqT: Anabela Freitas admite que Município pode ser alvo de penhoras… «mas quem mais necessita de ajuda está primeiro»

Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, admite que o Município pode ser alvo de penhora na sequência do processo relativo à ParqT. Em entrevista concedida à Hertz, a autarca nabantina explicou, desta forma, a decisão tomada pela autarquia em deixar de pagar os cem mil euros por mês, conforme tinha sido definido pelo anterior executivo, a propósito da dívida para com a referida entidade, uma dívida de 6,2 milhões de euros que deveria ter sido saldada até final de 2011. Como isso não aconteceu, os cofres municipais têm que fazer face a juros de mora na ordem dos 9%. Mas apesar de se afirmar consciente das consequências da decisão, Anabela Freitas reafirmou que deixou de pagar os cem mil euros por mês por «não estar disposta a pagar o preço de não ter dinheiro para pagar transportes escolares e apoios sociais às pessoas»: «O anterior executivo tinha feito um acordo não-escrito, em impacto no orçamento, de pagar cem mil euros por mês. Nos meses que o anterior executivo teve com este processo, houve meses que pagou e noutros meses não pagou. Após entrarmos no final do ano de 2013 e em 2014 houve meses em que não pagámos. Cada vez que pagávamos cem mil euros por mês, consoante os meses, 92 mil euros iam para juros e só o restante é que ia para abatimento de capital. Eu recordo uma coisa que disse aos microfones desta rádio: eu disse que deixava de pagar a ParqT no dia em que não tivesse dinheiro para pagar transportes escolares ou dar apoio social a um cidadão de Tomar… Aquilo que foi a pressão, não só dos apoios sociais que tivemos que dar, pagar a dívida à Rodoviária do Tejo… isto foi pesado. Falámos com a equipa de advogados que acompanha este processo, que é a mesma que o anterior executivo tinha, e tomou-se esta opção. Deixámos, de forma consciente, de pagar os cem mil euros por mês. E sabíamos quais podiam ser as consequências. A ParqT tem estado a colocar recursos e processos de execução e temos estado a adiar. Porquê? Porque está numa fase praticamente final de podermos a resolução definitiva deste problema. Ou melhor, ainda há depois a questão dos juros que também poderá ficar resolvida de acordo com aa negociação com a BragaParques. Se as consequências podem ser nefastas? Bem, vamos imaginar que há um juiz que executa a sentença… Serão penhorados bens à autarquia. Não estou disposta a pagar o preço de não ter dinheiro para pagar transportes escolares e apoios sociais às pessoas».