Estalou a bronca na Câmara de Tomar, com PS e Independentes de um lado, enquanto PSD e CDU ficam do outro. Esteve em causa uma proposta de alteração ao regulamento do estatuto do Provedor do Munícipe, um cargo que não é preenchido no concelho, sendo que a sua criação nem sequer é obrigatória por Lei. Ainda assim, muitas autarquias optaram por aceder a esta figura com o objectivo de poder, em tempo útil, criar um canal onde os cidadãos podem apresentar queixas ou resolver problemas que, de outra forma, podiam arrastar-se no tempo. Em Tomar, por sua vez, com o aproximar das eleições, já tinha ficado claro que a criação deste lugar ficaria reservada para o mandato que se avizinha… pelo que esta proposta da presidente Anabela Freitas surpreendeu PSD e CDU. E as duas forças não gostaram. De tal forma que o Partido Social-Democrata classifica mesmo esta intenção como «uma machadada na democracia». Já o vereador Bruno Graça, que até é parceiro de coligação com o PS, confessou ter «ficado perplexo» e disse que esta proposta tem por base que Anabela Freitas nomeie quem bem entender «sem passar cavaco a ninguém». Convém referir que a proposta passou na Câmara mas ainda terá que ser aprovada em Assembleia Municipal. E se se confirmar essa aprovação, então a própria Assembleia perde esse poder no futuro. Já o Provedor ainda vê o seu trabalho ser compensado com quatro senhas de presença mensais – no máximo – sendo que cada uma corresponde ao valor que é pago ao presidente de uma Assembleia Municipal de Tomar por cada reunião em que participa, ou seja, na casa dos cem euros. Informação completa em 98 e 92 fm