Numa altura em que se discute a viabilidade financeira dos Transportes Urbanos de Tomar, torna-se evidente que há falta de articulação entre este serviço com a necessidade dos seus utentes. Um dos exemplos mais gritantes acontece todos os dias – com menor incidência aos Domingos – por volta das 10 da manhã, altura em que um comboio regional chega à estação de Tomar. É mesmo das composições que, durante cada dia, mais pessoas transporta para a cidade do Nabão. E há sempre um grupo de quatro, cinco passageiros que mal chega nesse comboio começa a correr até à paragem dos TUT’s que está situada em frente à Rodoviária do Tejo… só que o veículo – mesmo com os utentes a gritar para avisar sobre a sua intenção de usufruir daquela carreira – inicia a sua marcha rumo à rua 10 de Agosto, deixando os potenciais passageiros a pé… por um atraso que, por vezes, nem chega a meio minuto. Contas feitas, os Transportes Urbanos de Tomar, tão carentes de utilizadores, desperdiçam uma média de 104 clientes por cada mês, números que equivalem a cerca de 1250 por ano. Tendo em consideração que cada tarifa simples corresponde a um euro, fica claro que uma simples adaptação de horário à necessidade dos utentes poderia resultar em mais alguma receita… e isto tendo por base aquilo que acontece, apenas, numa das paragens do circuito.