A população de São Pedro e respetiva Junta de Freguesia estão revoltadas com a opção que a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo colocou em prática para atenuar a falta de médico de família no centro de saúde daquela localidade. Tal como a Hertz adiantou em tempo oportuno, a ULS avançou para a implementação de um projeto-piloto de teleconsulta, desde o início deste mês de Dezembro, altura em que os utentes de São Pedro passaram a ter acesso a atendimento clínico dentro das instalações da unidade de saúde… mas através de uma consulta remota conduzida por um especialista em Medicina Geral e Familiar. A Unidade Local de Saúde aponta para uma «plataforma de telemedicina de última geração», com «cuidados de saúde personalizados, prestados por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde», resposta direcionada principalmente aos utentes que não têm médico de família atribuído e a doentes com doença crónica. Só que estes argumentos em nada convencem população e Junta. Em declarações à Hertz, António Vicente, presidente da freguesia, não teve dúvidas em afirmar que esta solução não vai resolver os problemas da falta de médico:
António Vicente lamenta a ausência de respostas por parte da ULS Médio Tejo, assegurando que a Junta teve apenas acesso a uma nota de imprensa a explicar a implementação das teleconsultas. O autarca recorda que o Centro de Saúde de São Pedro serve cerca de 1500 utentes, reforçando que sugeriu a presença de um médico duas vezes por semana e que até indicou uma profissional que estava disponível para ali prestar serviço mas que, «até hoje», não teve qualquer resposta: