O Nabão está, novamente, debaixo de um manto de espuma, com odor característico de poluição. Assim se esperava face à chuva que tem caído no decurso das últimas horas, precipitação essa – quando intensa – que faz com que o rio ‘fique mal na fotografia’. Este é um problema que tarda em resolver-se, mais ainda porque é necessário um considerável investimento na conhecida como ETAR de Seiça – situada na Sabacheira – estrutura que não tem capacidade para tratar o aumento do caudal causado pela inexistência de separativos, o que leva a que as águas pluviais sejam encaminhadas para o sistema público de saneamento. Para além disso, recorde-se que a própria Agência Portuguesa do Ambiente já identificou cerca de uma dezena de empresas em toda a bacia do Rio Nabão (suiniculturas, lagares de azeite e empresas ligadas ao ramo alimentar). Até agora, refira-se, não há indicação de qualquer consequência criminal para os potenciais infractores.