Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, e Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, foram ouvidos pela Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território a propósito da poluição no rio Nabão. Mais do que nunca este preocupante ‘dossier’ é motivo de análise política à escala nacional, sendo que ficou claro – do conjunto de intervenções – que o problema só será resolvido com investimento na construção de emissários e separativos – o que fará com que as águas pluviais não se misturem com os resíduos sempre com chove – e ainda com uma maior eficácia na fiscalização a empresas infractoras. Aliás, Anabela Freitas aproveitou esta audição para deixar claro que, nesta altura, há quatro focos de poluição associados ao Nabão. Já Luís Miguel Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, que reforçou a necessidade de investimento em separativos e emissários e ainda nas ETARs – «que têm equipamentos obsoletos», alertou – quis deixar claro que as Estações de Tratamento de Águas Residuais são constantemente fiscalizadas e que se essas estruturas fossem as causadoras da poluição, então a água da praia fluvial do Agroal não teria a classificação de «excelente» como actualmente acontece. Refira-se que estava prevista a audição ao presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, entidade que tem sido alvo de duras críticas dos mais diversos quadrantes, principalmente pela falta de resultados neste processo da poluição do Nabão. A audição ao referido dirigente será feita na terça-feira, pelas 14 horas, sendo que depois também haverá lugar para a analise dos diferentes projectos de resolução que foram, entretanto, apresentados.
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