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TOMAR – Politécnico teve apenas 159 vagas preenchidas na 1.ª Fase de Acesso. Instituição justifica diminuição com as «regras implementadas»

O Instituto Politécnico de Tomar não escapou à diminuição do número de vagas ocupadas na primeira fase de acesso ao Ensino Superior. Dos 551 lugares disponíveis, apenas 159 tiveram a desejada ocupação, uma queda acentuada face à realidade do último ano, altura em que entraram 288 alunos. Para se ter uma ideia deste cenário, importa referir que o curso de Engenharia Civil não teve qualquer colocado nas 20 vagas apresentadas, enquanto que Gestão de Edficação em Obras contou, apenas, com um aluno também em igual número de lugares disponíveis. Já na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, o curso de Computação e Logísitca não teve qualquer entrada em 27 vagas, enquanto que a Informática e Tecnologias Multimédia apenas teve uma candidatura em 26 vagas. Pelo contrário, registo, pela positiva, para a procura dos cursos de Conservação e Restauro, que teve um preenchimento a 100% nos 33 lugares disponibilizados, enquanto que Design e Tecnologia de Artes Gráficas teve 44 entradas para 45 lugares. Importa, ainda, acrescentar que cerca de 60% dos candidatos escolheram o IPT como 1.ª opção para prosseguirem os seus estudos.

Entretanto, em nota de esclarecimento enviada para a Hertz, o Instituto Politécnico de Tomar aponta esta diminuição como «esperada», justificando-a como «fruto das regras implementadas, este ano, para o acesso ao ensino superior com o aumento do peso das provas específicas e das provas de acesso e, que aliás já tinha sido objeto de reclamação por parte das instituições de ensino superior junto da Tutela». O mesmo texto refere que «as regras de acesso ao ensino superior em vigor até ao ano letivo passado foram definidas para não prejudicar os estudantes que frequentaram o ensino secundário durante o período da pandemia Covid 19 que foi marcado por interrupções no ensino presencial e por profundas alterações nos métodos de ensino e que, os estudantes que agora se candidatam ao ensino superior e estavam a frequentar os 7.º e 8.º anos de escolaridade também tiveram um percurso escolar afetado pela pandemia e marcado por alterações significativas ao nível de aprendizagem e adaptação devendo por isso beneficiar de condições semelhantes às atribuídas aos candidatos dos anos anteriores». «Para esta redução de colocações também contribuiu o facto de se ter verificado uma diminuição de 16,4% nos estudantes que se apresentaram a concurso, nesta fase e face ao ano anterior, assim como a diminuição de 21,1% do número de colocados em instituições localizadas em regiões demograficamente mais frágeis», adverte o mesmo esclarecimento.