Estalou o verniz na recente reunião da Câmara de Tomar quando se abordou a questão relativa ao concurso para admissão de assistentes operacionais na área da educação. Ficou criado um clima de suspeita e suposto favorecimento, com troca de insinuações entre as duas forças representadas no executivo. Tudo começou quando Lurdes Ferromau, vereadora do PSD, quis saber como está a decorrer o «processo de integração» de dois assessores de eleitos socialistas, profissionais esses que concorreram, precisamente, para o quadro de assistentes operacionais. Sem nunca se referir aos nomes de Joana Nunes, ex-adjunta de Anabela Freitas, e de António Graça, do apoio à vereação, Lurdes Ferromau disse mesmo que ambos «foram incluídos» no mencionado concurso. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, acusou Lurdes Ferromau de «populismo» e classificou como «baixa» a intervenção da social-democrata. Também sem nunca se referir aos nomes em causa, o eleito do PS disse que o PSD «tem muito pouca moral para falar sobre este tipo de coisas», confirmando que um dos visados abdicou de um salário três vezes superior para trabalhar, agora, como assistente operacional, enquanto que o outro continua em funções de assessoria. Hugo Cristóvão assegurou que os concursos «são todos limpos» e «sem interferência de presidente e vereadores», questionando se os sociais-democratas «podem dizer o mesmo de governações anteriores». Assista ao vídeo editado pela nossa redação.