Pedro Marques colocou o dedo numa ferida… muito antiga. É recorrente, até na área dos centros de saúde à escala urbana, que muitos cidadãos sejam obrigados a deslocarem-se, de madrugada, até à porta das referidas estruturas de forma a garantir uma vaga para consulta médica. E, mesmo assim, nem sempre é certo que consigam os seus intentos. O vereador dos Independentes quis abordar, então, esta situação, que classificou como «inaceitável» e, num plano mais abrangente, a relação entre o médico de família e o utente, lamentando que ocorram algumas situações que coloquem em causa as necessidades de acesso à saúde por parte dos cidadãos: «Aqui tem que ser a ARS a intervir. Está em causa a relação dos médicos de família com os utentes. Não faz sentido que muitas pessoas para terem médico tenham que se deslocar para os centros de saúde durante a madrugada, então no Inverno com chuva e com frio… Isto é inaceitável! As pessoas ficam mais doentes, se calhar, por estarem ali do que se não fossem ao médico. E porque é que os doentes são encaminhados para médicos particulares quando o nosso Centro Hospitalar tem algumas especialidades? Os doentes são encaminhados para médicos particulares e não para essas especialidades. E saber se há alguma limitação para os médicos de família passarem exames… As pessoas percebem que há alguma relutância dos médicos. Isto não pode ser. E as pessoas têm medo que se faça alguma coisa porque senão na próxima vez o médico não as atende… Posso garantir que todas estas situações têm nomes!».