Está aprovado o orçamento da Câmara de Tomar para 2025. Está em causa um valor na ordem dos 59 milhões de euros, uma votação marcada pela posição favorável dos eleitos do Partido Socialista, num total de 14 votos, enquanto que o Partido Social-Democrata, CDS e Chega votaram contra, num total de 10 elementos. Bloco de Esquerda, CDU e Independentes do Nordeste optaram pela abstenção. Na apresentação do documento, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara, disse que este orçamento «é de continuidade», justificando o aumento de cerca de sete milhões devido a obras em curso e outras que estão projetadas, desde logo no setor da educação e ainda em habitações a custos acessíveis. De entre as obras projetadas, registo para a novidade que se centra, já, neste mês de Janeiro, com o arranque da empreitada para um novo jardim-de-infância Raul Lopes, reforçado com a componente de creche, sendo que será também no início de 2025 que irá avançar a construção de 32 fogos de habitação a custos controlados, no caso na Choromela. Já a requalificação da envolvência da Estrada Nacional 110, em Carvalhos de Figueiredo, também estará em cima da mesa. Fica, então, a explicação de Hugo Cristóvão. Américo Costa, eleito pelo Chega, apontou para a despesa com o pessoal como um dos pontos «mais críticos», deixando dúvidas sobre a capacidade do executivo em gerir estes montantes. Francisco Tavares, eleito pelo CDS, dirigiu-se ao presidente da Câmara para apontar para a necessidade de uma mente aberta, referindo-se ao orçamento como algo que roça a «mediocridade». Seguiu-se Bruno Graça, eleito pela CDU, que se referiu à mensagem de Hugo Cristóvão como «defensiva», que «não avalia o resultado das opções assumidas neste mandato» e que «procura omitir incapacidade». Paulo Mendes, do Bloco de Esquerda, também focou atenções nas despesas com o pessoal, que irão subir, em 2025, cerca de um milhão de euros, considerando este acréscimo como «brutal». A bancada do PSD mostrou-se contra este orçamento, ainda que os quatro presidentes de Junta sociais-democratas tenham optado por se ausentar na altura da votação, situação que não deixou de causar algum burburinho entre a Direita. Ricardo Carlos recorreu a referências juvenis para falar de um orçamento ‘Disney’. Diogo Sereno, da bancada do Partido Socialista, fez a defesa do orçamento, que considerou ser um documento que continua a planear o concelho, freguesia a freguesia.