87 membros dos órgãos sociais da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém tomaram posse esta terça feira, em Tomar. Maria Salomé Rafael foi reeleita Presidente da NERSANT para o triénio 2017-2019 numa cerimónia que contou com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e com o Presidente da CIP, António Saraiva. Para o novo mandato, a reeleita Presidente da NERSANT começou por lançar um desafio aos autarcas da região, quase todos presentes na cerimónia de tomada de posse: “a Startup Santarém, projeto que realizámos em parceria com a Câmara Municipal, tem vindo a superar todas as expetativas. Aliás, o trabalho em rede, com um conjunto vasto de parceiros tem sido algo que nos caracteriza. Por isso, aproveito esta oportunidade para deixar um desafio aos senhores presidentes de câmara, para que durante este mandato possamos em parceria, estender a marca Startup Ribatejo a toda a região”. Um desafio em linha com a estratégia seguida no último mandato de estímulo ao empreendedorismo e à renovação do tecido empresarial.
A internacionalização e o aumento das exportações das empresas do Ribatejo têm sido apostas da Associação Empresarial do Ribatejo, que tem levado a cabo missões empresariais, receções de delegações estrangeiras, presenças e organização de feiras e mostras internacionais. Uma aposta com resultados e para continuar, sublinha a Presidente, já que “entre 2011 e 2016 as exportações regionais aumentaram 23,57% e de 2015 para 2016 aumentou 2,83 %, enquanto a média nacional foi de 0.93%; entre 2013 e 2014 aumentou 30% o número de empresas exportadoras, o que nos permite acreditar que 2017 esta tendência de crescimento será reforçada”. Salomé Rafael sublinha ainda que “nos últimos 4 anos, ajudámos 1558 empreendedores e apoiámos diretamente a criação de 356 empresas, e 511 postos de trabalho. Em 2017 já apoiamos a criação de mais de 80 novas empresas”.
No entanto, Maria Salomé Rafael chama a atenção para as dificuldades pelas quais as empresas continuam a passar, nomeadamente no que diz respeito às “soluções de financiamento bancário que ainda não respondem às necessidades das empresas e em particular das PME”. Para responder a esta questão, “a NERSANT tem apresentado propostas que vão no sentido de operacionalizar rapidamente as linhas de apoio a Business Angels e Capitais de Risco, assegurando que as mesmas são direcionadas para as necessidades da economia real. Propomos também que se possa rever a linha de capital reversível e implementando-a em todo o país, bem como a criação de um fundo especializado na reestruturação e na conversão de dívida em capital, com o duplo objetivo de reestruturar e capitalizar as empresas”.Quanto ao futuro quadro comunitário, a NERSANT quer ser chamada “a dar o seu contributo e a participarem ativamente neste debate. São as associações empresariais que melhor conhecem as fragilidades e constrangimentos das nossas empresas e que podem contribuir para a formulação de uma estratégia de desenvolvimento económico a médio e longo prazo”.
Já o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, garantiu que “estamos perante uma Associação Empresarial de base regional sem paralelo no nosso país”. O governante defende ainda que “a NERSANT é indispensável para o futuro desta região” e que, por isso mesmo, “ninguém com responsabilidades políticas e de decisão pode ignorar a experiência e o saber destas associações”. Em relação ao pós-2020, garante o ministro que “o Governo começou o debate sobre os grandes eixos com parceiros. Não vai ser fácil, já que temos um quadro europeu de elevada complexidade. Temos de ter um programa de financiamento que corresponda tão próximo quanto possível às necessidades das empresas e das regiões. Temos de começar a trabalhar já, o momento é agora”.”Resumia numa frase aquilo que é a NERSANT – as associações empresariais têm uma representatividade legal e uma representatividade significativa, aqui na NERSANT há uma verdadeira representatividade – as empresas sentem-se representadas e a economia é dinamizada”, garantiu o ministro.
Elogiando o crescimento da economia, mas também a sustentabilidade do mesmo, Vieira da Silva garante que “o dinamismo desta região e desta associação empresarial são conhecidos, mas se o dinamismo da NERSANT é evidente, já em relação à região, esta tem um desenvolvimento económico muito marcante e muito inovador”.