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TOMAR – Nove anos após o incêndio que destruiu a Tipografia “Nabão”, antigos trabalhadores continuam «sem ver um cêntimo». Destroços são local para passagem de droga

Inacreditável. Nove anos após o incêndio que destruiu as instalações da Tipografia Nabão, em Tomar (foi na madrugada de 2 de Agosto de 2009), aqueles que eram os funcionários e que tinham ordenados em atraso e ainda indemnizações por receber… continuam «sem ver um cêntimo». Assim garantiu à Hertz Felisberto Azevedo, responsável da extinta Comissão de Trabalhadores da Nabão, que não escondeu o desalento face ao evoluir de um processo em que dezenas de pessoas continuam, assim, a ser prejudicadas, nomeadamente pela burocracia da justiça portuguesa e ainda pelos recursos atrás de recursos que outras entidades envolvidas têm feito. Mais uma vez, a corda parece partir para o lado de quem não teve culpa no sucedido, precisamente os trabalhadores. Na última semana, acrescente-se, a companhia de seguros viu o Tribunal da Relação dar-lhe razão, ou seja, não irá ser obrigada a pagar qualquer indemnização uma vez que desconhecia que a Tipografia se encontrava em processo de insolvência, algo negado por Felisberto Azevedo que diz que, agora, a esperança consiste na abertura de um novo processo onde se faça prova que a Companhia sabia da situação da Nabão. Até lá, os destroços do imóvel continuam amontoados e servem de refúgio para ratazanas e cobras, assim como para toxicodependentes, tudo isto para desconforto de moradores, que alegam falta de segurança e perigo para a saúde pública. Quanto aos antigos trabalhadores, esses, como referido, continuam sem ter acesso ao que tinham direito: