A Associação de Turismo Militar Português (ATMPT) encerra o ano de 2017 com a apresentação de resultados sobre a integração do Turismo Militar na estratégia turística dos municípios nacionais. Recentemente sedeada na cidade de Tomar, a ATMPT desafiou o Laboratório de Turismo do Instituto Politécnico de Tomar (L-tour.ipt), estrutura de investigação aplicada do estabelecimento de ensino superior politécnico local e associado fundador da Associação, para colaborar numa ação contínua de monitorização da aplicação do conceito Turismo Militar no território nacional. Nesta primeira fase, a ação realizou-se com a participação de 90 Câmaras Municipais, correspondendo a 29% dos municípios nacionais, e permitiu aferir um conjunto de dados que demonstram os níveis de pertinência e viabilidade do Turismo Militar naqueles territórios.
A ATMPT tem desenvolvido desde a sua fundação, de forma enquadrada com a sua missão e com os seus objetivos, um conjunto de ações que visam a promoção e a divulgação das potencialidades do Turismo Militar em Portugal. Álvaro Covões, Presidente da ATMPT, afirma que “após dois anos de actividade destinados a promover o Turismo Militar, sentimos que entrámos numa fase que precisamos compreender como é que as pessoas e as instituições percebem o Turismo Militar. Serão os resultados de ações como esta que vão colaborar no desenvolvimento das próximas propostas da Associação”.
Para Luís Mota Figueira, Diretor do L-tour.ipt, este desafio da ATMPT foi encarado naturalmente “quer pelo facto do Turismo Militar ter sido concetualmente criado e desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Tomar, quer pelo espírito de interajuda e pelas excelentes relações institucionais que já existiam entre ambas as organizações”. Ainda segundo o Diretor do L-tour.ipt, “dado o excelente trabalho que a ATMPT tem conduzido e com que tem brindado os setores do turismo e da cultura, esta iniciativa parece-nos fundamental, e é óbvio que contou e irá contar com a participação e com o
máximo empenho do Laboratório.”
Nos resultados obtidos, verifica-se que 63% dos municípios que participaram nesta iniciativa organizaram, durante o ano de 2017, pelo menos um evento turístico e cultural que promovesse a história militar local/regional/nacional e que 55% dos municípios já têm calendarizado pelo menos um evento desse mesmo âmbito, para o ano de 2018. Em termos de branding e de produto, 86% dos municípios participantes consideram que a ativação turística do património histórico-militar local pode ser benéfica para a qualificação da marca turística do próprio município e 59% acreditam que reúnem condições turísticas e culturais para serem um território incontornável na realidade do Turismo Militar nacional.
Quanto a estes resultados exploratórios, Luís Mota Figueira avança que “há muito que a interação entre o turismo e o património passou a ser uma questão de sobrevivência para alguns territórios e o Turismo Militar deve ser encarado como mais uma ferramenta disponível e essencial para que essa relação decorra de forma natural e eficiente.” Para o Presidente da ATMPT “percebe-se que os territórios querem mais e com maior qualidade. Talvez este seja o momento para refletir melhor sobre a importância dos conteúdos e, por exemplo, sobre o potencial dos nossos Heróis e qual o seu impacto nos diferentes territórios”. “Estamos no bom caminho e certamente que este tipo de iniciativas vai beneficiar todos os que querem contribuir para o desenvolvimento turístico e cultural do nosso país” afirma Álvaro Covões. Beatriz Medina