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TOMAR – Muitos livros e escritores, portas para abrir e visitas guiadas – eis a Feira do Livro

A Feira do Livro de Tomar está de regresso ao Complexo Cultural da Levada entre os dias 2 e 11 de junho, numa organização conjunta do Município e da Livraria Nova. Além da presença diária de autores para falarem das suas obras (entre os quais Alice Vieira, Marçal Grilo, Bagão Félix ou Carmen Garcia), o certame inclui uma exposição sobre as portas da cidade e visitas guiadas para famílias e escolas à descoberta do que é, de facto, um livro. A abertura oficial vai decorrer na sexta-feira, dia 2 de junho, pelas 18 horas, integrando a inauguração da exposição “Resiliência de um olhar com memória(s) para o património arquitetónico de Tomar”, desenhos e pinturas dos alunos de Artes da Escola Secundária Jácome Ratton, coordenados pela professora Magda Santos, que têm por base a imensa riqueza patrimonial das entradas dos edifícios do centro histórico, em que muitas vezes nem sequer reparamos. Às 21 horas, a Feira recebe o primeiro dos muitos autores a marcarem presença, no caso Helder Reis, figura conhecida como apresentador de televisão, mas já com vários livros publicados, entre os quais o recente romance de estreia, “Sabíamos tão pouco sobre o amor”. O Dia da Criança será pouco antes e esse público bem exigente terá também uma atenção especial durante a Feira, que começa logo no sábado, dia 3, com a visita guiada “O que é um livro?” Concebida e dinamizada pelo escritor Nuno Garcia Lopes, pretende dar a conhecer o processo que conduz à criação de um livro, desde a escrita e a ilustração ao design e à produção física, numa sessão em que os participantes poderão fazer o seu próprio livro. Com sessões abertas para famílias dias 3 e 4 às 14h30 e dia 8 às 15 horas. Nos dias 6, 7 e 9 haverá sessões para escolas mediante marcação para o e-mail geral@nunogarcialopes.pt ou telefone 916 666 035. Mas a atenção aos mais novos continua pela tarde de sábado dentro. Quem não conhece Alice Vieira, uma das mais profícuas escritoras portuguesas para crianças e jovens? Pois, durante a pandemia, juntamente com o “neto adotado” Nelson Mateus, escreveram o “Diário de uma avó e de um neto confinados em casa”, que trarão à Feira do Livro de Tomar no dia 3 às 16 horas. E ainda nessa noite, às 21 horas, haverá tempo para a poesia, com a apresentação de “Olhares de exílios”, obra de Manuela Bailão, nascida no Castelo de Bode mas que fez a maior parte da sua vida em Genebra, como funcionária das Nações Unidas. No domingo, dia 4, pelas 16 horas, temos um caminhante de regresso a Tomar onde já falou da sua paixão pelas vias de Santiago: fiel às suas andanças, Luís Ferreira traz-nos agora “282 – O último caminho será sempre o primeiro” e também poderá ser feito, diz-nos ele, a pedalar. Mas à noite, pelas 21 horas, continuamos pelos caminhos da fé com alguém que diz de si própria que “a minha vida é andar atrás do papa”. Aura Miguel, jornalista portuguesa há muitos anos correspondente no Vaticano é seguramente uma das maiores especialistas na matéria e o seu livro mais recente, “Um longo caminho até Lisboa”, dedicado às Jornadas Mundiais da Juventude, conta com prefácio do próprio papa Francisco. Na segunda às 15 horas (e de novo na terça-feira e no mesmo horário), o escritor abrantino Hugo Vasco traz um livro dedicado aos mais novos, cuja mensagem está logo bem patente no título: “Paz sim, guerra não”. As noites deste dia e ainda de terça e quarta-feira serão especialmente dedicadas aos autores de berço ou alma tomarenses. No dia 5, com a presença de José Morgado que volta a apresentar uma obra dirigida aos leitores mais jovens e plena de ensinamentos úteis, que dá pelo singelo nome de “Papoila”. Na noite seguinte, será Natália Cardoso a trazer o seu livro de memórias de professora do Liceu, porventura tão irreverente como ela conseguia ser: “Geometria Descritiva de saltos altos”. E se Tomar os une aos três, também os liga o facto de todos serem professores. Na quarta-feira será a vez de Carlos Trincão, o mais prolífico dos escritores que, na atualidade, têm escolhido a cidade nabantina como inspiração maior. Com ele, de muitos livros se poderá falar, e necessariamente também da Festa dos Tabuleiros. Na quinta-feira é feriado, um excelente dia para visitar a Feira e ela volta a dar destaque aos autores tomarenses, mas desta vez dois jovens. Eduardo Repas frequenta apenas o 10º ano, mas já tem pronto o seu segundo livro, “Os enigmáticos – A casa do terror e dos enigmas”, que será apresentado às 18 horas. Às 21 horas, Lourenço Madureira Miguel apresenta “Vida entre linhas”, o livro de estreia deste estudante de Medicina desde sempre apaixonado pela literatura e que de repente se viu confrontado com a necessidade de tentar compreender a doença degenerativa que o emboscou. O último fim-de-semana traz mais uns tantos nomes sonantes. Começando logo pela noite de sexta-feira, dia 9, com Eduardo Marçal Grilo, antigo administrador da Gulbenkian e ministro da Educação, cujo livro mais recente é “Salazar e a educação no Estado Novo”. No sábado, 10, pelas 16 horas, António Bagão Félix, também ele um ex-ministro, neste caso das Finanças, mas que tem na defesa da Língua Portuguesa um dos seus objetivos, como o demonstra o seu livro mais recente “Palavras descruzadas”, descrito como uma súmula de “exemplos de bem falar e escrever em português”. Ainda no sábado, pelas 21 horas, dicas para quem precisa de libertar espaço em casa… para acolher mais livros. É que a convidada é precisamente a autora de “Destralhe a sua casa”, Paula Margarido. Por fim, no domingo, dia 11, às 16 horas, continuamos no conforto do lar, que é o que os visitantes podem sentir no acolhedor espaço da Feira, entre dois braços de rio, e onde usufruirão melhor do seu tempo com os livros com que se hão de mimar. Mas porque a perfeição não existe, a última convidada deste ano é Carmen Garcia, a autora de “A mãe imperfeita”, cujos dois títulos mais recentes abordam o problema dos refugiados (“Uma lição de paz”) mas também o dos velhos (“A última solidão”). A Feira do Livro de Tomar abre todos os dias às 14 horas (exceto dia 2, às 18 horas) e encerra às 22 horas nas vésperas de dias úteis ou às 23 nas vésperas de feriado ou de dia de fim-de-semana (exceto dia 11, às 20 horas).