
Foi um dia épico para o teatro tomarense, com uma maratona de sete espetáculos levados à cena sucessivamente entre as 11 horas da manhã e a meia-noite na Sociedade Nabantina. Mas a Mostra de Teatro Concelhia foi muito mais do que isso, foi a demonstração clara da vitalidade que esta manifestação artística tem atualmente no concelho, e acima de tudo, da grande qualidade do trabalho desenvolvido nesta área em associações e escolas. A começar por um espetáculo para os mais pequenos, com a 30POR1LINHA a mostrar que todos os caminhos são bons para o seu trabalho em prol do ambiente com “O canto mágico do pássaro”, adaptação de um conto africano. Continuando com o já bem oleado “Al Pantalone”, uma sátira ao mundo das finanças e do poder, deliciosamente interpretada pelo grupo ULTIMAcTO, de Cem Soldos. Ou algo completamente diferente, o intenso “Fios soltos”, uma espécie de quase monólogo com muitas figuras atravessando a cabeça de uma idosa, criação original do Grupo de Teatro do Rancho de Alviobeira.

Passando pelo divertidíssimo “Vaudeville da Miséria”, interpretado por alguns elementos da Companhia de Teatro Templários, residente no Agrupamento de Escolas com o mesmo nome, mas aberta à comunidade, e que abriu o apetite para o espetáculo de finais de maio. Mudando de tom, mas mantendo um elevado nível de qualidade com “Ângela Tamagnini, benemérita e filantropa”, a evocação de uma das mulheres mais emblemáticas da História de Tomar pelo Espaço Zero. Voltando à comédia de enganos e desenganos com que o Grupo de Teatro da ACD S. Silvestre nos brinda habitualmente, e num crescendo de qualidade de ano para ano, aqui com “Casadas e solteiras”. E terminando em beleza em nova e deliciosa sátira ao mundo da política, com mais uma apresentação do já clássico “Sim, senhor primeiro ministro” pelo decano dos grupos de teatro tomarenses, Fatias de Cá. Município de Tomar
