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TOMAR – Mostra de Cinema a céu aberto, em Cem Soldos, a 2 e 9 julho

“PANTALHA” significa ‘tela de projeção’ e é o nome da Mostra de cinema de Cem Soldos, que se realiza pelo segundo ano consecutivo. Acontece ao ar livre – a céu aberto – nos dias 2 e 9 de julho, em plena rua do Cerco, bem perto do centro da aldeia de Cem Soldos. A ideia resulta da parceria entre o Sport Club Operário de Cem Soldos e a produtora Tripé, e pretende criar uma verdadeira sala de estar ao ar livre, onde as pessoas se sintam em casa, na rua, enquadradas pelo casario da aldeia. Depois do sucesso da 1.ª edição, que contou com a participação de cerca de 150 participantes, os sofás e candeeiros voltam a sair à rua para duas sessões com início às 21h30 e que se estendem para lá da meia noite, acrescentando fita e minutos à programação criteriosa que volta a marcar presença. Os filmes em exibição são obras recentes de realizadores portugueses ou coproduções nacionais, curtas e longas metragens, da ficção ao documentário, do drama à comédia, premiadas nacional e internacionalmente. Em duas sessões, sempre aos sábados, parte-se à descoberta de um olhar cinematográfico português que conduz o público numa viagem pelo mundo – uma viagem sobre o que parece diferente, sobre outros lugares, culturas, comunidades e identidades, e sobre como tudo isso nos caracteriza, transforma ou enriquece.

A primeira sessão, a 2 julho, começa com a curta-metragem “Rio entre as montanhas”, que fala do amor e dos seus falhanços, pelo olhar do realizador José Magro, que filmou este filme em Hancheng, na China, e que foi exibido em 31 festivais nacionais e internacionais. Depois, ainda no dia 2 julho, exibe-se o filme “Marias da Sé”, de Filipe Martins – uma longa-metragem híbrida, entre o documentário e a ficção, que cruza várias linhas narrativas: um retrato tanto sensível como engraçado da comunidade da Sé do Porto. Por último, a fechar a sessão do dia 2 julho, passa o filme “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança – uma coprodução portuguesa e brasileira, selecção oficial no IndieLisboa, no 48º Festival de Cinema de Gramado, no Festival Internacional de Cinema de Roterdão e na 56º Mostra Internacional do Novo Cinema de Pesaro (Itália), entre outros – e que é uma fábula melancólica tropical, que conta a história de um cineasta brasileiro numa jornada pelo Brasil, Portugal e Moçambique em busca das memórias do seu avô e dos fantasmas do passado colonial.

A sessão de dia 9 arranca pelas 21h30 com a curta-metragem “Filomena”, de Pedro Cabeleira, que conta a história de uma empregada doméstica ao longo de um dia, por diferentes espaços em que se cruza com amigos, amante, patrões e desconhecidos. Depois segue-se “A Mordida”, de Pedro Neves Marques, que parte de uma pesquisa num laboratório de mosquitos geneticamente modificados em São Paulo, Brasil, para criar uma ficção algures entre o momento político atual e um futuro imaginado – a epidemia biológica de um vírus, combatida parcialmente através de mosquitos mutantes, por analogia com a ascensão do conservadorismo reacionário brasileiro. Por último, a fechar a 2.ª edição da PANTALHA, exibe-se “Aquele querido mês de agosto”, de Miguel Gomes, que marcou presença na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2008 e que conta a história de um pai, a filha e o primo dela, músicos de uma banda de música popular a tocar pelas aldeias do Portugal profundo, em que imigrantes regressados à terra se cruzam com populares, entre festa e baile, cerveja, jogos e caçadas, durante o quente mês de Agosto – uma ficção invadida pelo documentário, Melhor Filme Internacional e Prémio da Crítica no 15º Festival Internacional de Cinema de Valdivia (Chile), Prémio FIPRESCI no Viennale – Festival Internacional de Cinema de Viena (Áustria), entre muitos outros. Inscrições obrigatórias no SCOCS, em geral@scocs.pt ou 249345232. Valor do bilhete por sessão: 4€ p/ sócios SCOCS (quotas em dia) e 6€ p/ não-sócios.