Um médico faltou ao trabalho no serviço de urgência básica no Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar, e provocou sérios constrangimentos a alguns utentes. Os problemas foram testemunhados à nossa redacção na madrugada desta quinta-feira, por volta da uma da manhã, e davam conta de que as pessoas que recorreram ao citado serviço, inclusivamente os doentes com sintomas urgentes, foram obrigados a aguardar por atendimento durante algumas horas, sendo que esses constrangimentos foram maiores para quem recebeu pulseiras menos urgentes. Aliás, neste particular, houve mesmo duas pessoas, pelo menos, que optaram por procurar atendimento noutros hospitais da região depois de três a três horas e meia de espera, um cenário que, aliás, se confirmou no site do Ministério da Saúde, onde os tempos médios de espera na urgência se cifravam em três horas e oito minutos… isto para duas pessoas que se apresentaram como sintomas urgentes. Ao serviço, ainda segundo esse mesmo registo, foram mais quatro pessoas, três das quais em situação classificada como “menos urgente”… e duas delas, perante a demora excessiva, optaram por deixar o hospital e procurar atendimento noutras unidades da região. Entretanto, o Centro Hospitalar do Médio Tejo, questionado pela nossa redacção, já confirmou que, efectivamente, houve registo para a falta de um médico, o que «causou constrangimentos nas pulseiras verdes e azuis». Ficou a garantia de que, confrontado perante esses problemas, o CHMT contactou os médicos dos turnos seguintes, pedindo-lhes que antecipassem a entrada ao serviço.