O Nabão apresenta-se, nesta altura, com uma das piores imagens da sua longa história. Pelo menos naquilo que a memória alcança. A chuva intensa das últimas horas voltou a manchar o rio com uma corrente de poluição, em especial na chamada zona desportiva de Tomar, onde a água se esconde debaixo de um manto de espuma indicativa de matéria poluente. Aliás, a tonalidade da própria espuma e o respetivo odor são indicativos de mais um episódio com consequências no Nabão. Nunca é demais recordar que uma das causas mais evidentes se centra na ausência de separativos que impeçam as águas da chuva de se juntarem às residuais – e industrias. Até a própria Agência Portuguesa do Ambiente, por ocasião de uma audição que decorreu na Assembleia da República, fez questão de vincar isso mesmo. De então para cá, nada foi feito. Importa, assim, recordar a intervenção de Pimenta Machado, vice-presidente da APA, que confirmou que as Estações de Tratamento de Águas Residuais «não têm capacidade» para tratar a acumulação das águas pluviais com as residuais: