A manhã desta quinta-feira – assim como tem acontecido durante esta semana – ficou marcada pela presença de um número considerável de pessoas junto do centro de vacinação covid19/gripe sazonal, estrutura que está instalada no primeiro piso do Pavilhão Municipal de Tomar. Estão em causa pessoas idosas, com mobilidade reduzida, algumas das quais mesmo em cadeiras de rodas. Com efeito, conforme a Hertz pôde constatar, a organização – a cargo do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo – tem deixado muito a desejar, nomeadamente no aspeto da informação. A nossa reportagem viu mesmo que alguns dos utentes que usavam muletas tiveram que subir a escadaria, num processo de espera que os obriga a ficar em pé, nessas mesmas escadas, até que chegue a respetiva vez. E estão em causa períodos de espera muito consideráveis, mais ainda para pessoas já debilitadas. Mais grave ainda aconteceu quando se vislumbram situações em que pessoas de cadeiras de rodas tiveram que recorrer a ajuda de familiares ou de outros presentes para subir pelas escadas. Convém, desde já, esclarecer que o edifício tem elevador… informação que a esmagadora maioria dos utentes desconhecia, numa grave falha organizativa. Refira-se que a Hertz já tentou perceber o enquadramento logístico desta operação de vacinação junto de fonte oficial da Câmara de Tomar, que refere que o pavilhão foi escolhido «na sequência de visitas técnicas feitas pelo ACES do Médio Tejo», precisamente «pela existência de elevador». Perante as falhas reportadas pela Hertz, os serviços técnicos da autarquia deverão avançar, o quanto antes, para a colocação de cadeiras no exterior, de forma a que os utentes não sejam obrigados a ficar em pé durante largos períodos de tempo, sendo que estas falhas – diga-se – já deveriam ter sido comunicadas em tempo útil pela entidade de saúde afeta ao serviço.
