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TOMAR – Legislativas. CDU classifica os resultados de 10 de Março como «negativos» mas traduzem «expressão de resistência»

Em comunicado enviado para a redação da Hertz, a Coligação Democrática Unitária de Tomar abordou os resultados obtidos no concelho nas recentes eleições Legislativas, sufrágio em que a CDU obteve um total de 565 votos (uma redução de 131 comparativamente com 2022), perdendo votos em sete freguesias (Asseiceira, Madalena/Beselga, Paialvo, Carregueiros, Urbana, Casais/Alviobeira, Serra/Junceira), mantendo a votação nas Olalhas e subindo a votação em três freguesias (Sabacheira, Além da Ribeira/Pedreira e São Pedro de Tomar). O mesmo texto fala em «resultado negativo». Não obstante esta realidade, «o resultado da CDU a nível concelhio, como de resto a nível distrital e nacional traduz, no entanto, uma expressão de resistência com tanto mais valor quanto é certo que a sua obtenção teve de enfrentar um enquadramento caracterizado pela hostilidade, pela continuada falsificação de posicionamentos do PCP para alimentar preconceitos anti-comunistas e estreitar o seu espaço de crescimento, pela promoção de forças e concepções reaccionárias, pelo favorecimento mediático de outros, branqueando as suas responsabilidades e escondendo as nossas propostas e intervenção política», reforça o comunicado que, de seguida, centra-se numa analise:

«A nível local os resultados obtidos pelo, PS, 6631 votos (menos 1609 votos que em 2022), pela AD, 6368, (mais 621) e Chega, 4598 (mais 2692), traduzem uma nova relação institucional de forças, ainda mais favorável ao grande capital e ao aprofundamento da política de direita. A campanha eleitoral da CDU alicerçou-se em problemas de âmbito local e nacional, com muitos debates, conversas, esclarecimentos, suportada em: quatro debates públicos: o Serviço Nacional de Saúde; a Escola Pública; Abastecimento de Água, Saneamento e Resíduos (Tejo Ambiente); Salvaguarda e Conservação do Aqueduto do Convento; elaboração e distribuição de três comunicados: sobre falta de médico na freguesia de Paialvo; sobre a reversão da agregação do Município de Tomar à Tejo Ambiente; sobre a inoperacionalidade da infraestrutura hidroagrícola da Barragem do Carril; várias intervenções na imprensa local escrita e falada; participação em debate sobre as eleições promovido pelos alunos do 12º ano do Agrupamento de Escolas Templários; distribuições interativas de folhetos na estação da CP de Tomar, no Hospital, na FAI e na CMT, no Mercado Municipal, no Intermarche e em duas arruadas na cidade; organização de almoço convívio com os camaradas Bernardino Soares, primeiro candidato ao círculo eleitoral de Santarém e João Oliveira, primeiro candidato da CDU ao Parlamento Europeu; colocação de propaganda estática no Concelho. A campanha de contacto desenvolvida quer durante a pré-campanha quer durante a campanha, entre janeiro e março, permitiu aprofundar o conhecimento dos problemas do Concelho ampliou e criou condições para uma maior intervenção da CDU, com a coragem de sempre, para defender os direitos dos jovens, dos trabalhadores e dos reformados, para enfrentar os interesses dos grupos económicos e afirmar os valores de Abril. As eleições para o Parlamento Europeu, que se realizarão a 9 de junho, constituem um momento particularmente importante de exigência de um outro caminho para o Pais e para a Europa. Um caminho assente na melhoria das condições de vida, no desenvolvimento, no progresso social, na paz, na cooperação mutuamente vantajosa entre Estados soberanos e iguais em direitos, no combate às desigualdades, às injustiças e a todas as discriminações, na garantia de uma relação harmoniosa e sustentável entre o ser humano e a Natureza. No seguimento do trabalho político desenvolvido para as eleições da Assembleia da República, numa situação social e política com grandes exigências, a actividade da CDU irá manter e intensificar a sua intervenção e trabalho de massas, continuando e aprofundando os contactos com os jovens, os trabalhadores e os reformados com o objetivo imediato de ser garantida uma ampla participação popular quer nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril quer nas comemorações do 1º de Maio».