«Misturar» Flecheiro com o Bairro 1º de Maio… «só podia dar choque». A consideração foi feita por João Tenreiro, vereador do Partido Social-Democrata, por ocasião da reunião do executivo nabantino, que decorreu nesta segunda-feira. O eleito do PSD deixou claro que «não tolera atitudes xenófobas» mas, por outro lado, lamentou a forma como a autarquia conduziu o processo de integração de um casal de etnia cigana no Bairro. João Tenreiro aproveitou, também, para abordar as questões relacionadas com a segurança – ou falta dela – no concelho para dizer que «não se pode embandeirar em arco só porque o Comissário da PSP diz que está tudo calmo»:«Não podemos embandeirar em arco só porque o Comissário da PSP diz que Tomar está muito calmo, que está tudo calmo e não há problema nenhum, e isto com base em dados estatísticos das queixas que as pessoas fazem. A maior parte das pessoas não faz queixa. E já fui advogado nesta Comarca e sei como é que as coisas funcionam. A Câmara Municipal pode constituir um gabinete de aprofundamento dos problemas sociais que estão a decorrer em Tomar, nomeadamente com o Flecheiro e o Bairro 1º de Maio, onde o desemprego vai afectando e Tomar, infelizmente, é exemplo disso. Não podemos assobiar para o lado e dizer que são alarmismos porque não são… Infelizmente não são. É evidente que somos contra atitudes xenófobas e não admitimos qualquer atitude dessas no concelho de Tomar. E é legítimo que a família em causa tenha concorrido, ainda para mais dentro de um regulamento próprio que foi aqui aprovado, para ficar numa habitação. Mas se tivesse sido feito o tão divulgado Plano de Intervenção Habitacional e Social do concelho de Tomar, que a senhora presidente prometeu em pleno Bairro 1º de Maio na campanha eleitoral, se calhar nada disto tinha acontecido. Não podemos utilizar a demagogia em campanha eleitoral para captar votos. Este Plano já deveria ter sido ontem, antes de ser aprovado o regulamento. Fazer uma mistura entre uma coisa e outra (ndr: Flecheiro e Bairro 1º de Maio) só dá choque».