O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas ainda não possuiu qualquer dado definitivo em torno da mortandade de ovelhas que se registou, em Novembro último, na freguesia de Paialvo, concelho de Tomar. Fonte oficial do ICNF, contactada pela Hertz, referiu que avançar com qualquer cenário, nesta fase, «seria especulação» mas assegurou, ao mesmo tempo, que os peritos «continuam no terreno à procura de explicações». A nossa redacção apurou que em algumas localidades onde se verificaram os ataques estão colocados equipamentos que podem registar outros movimentos que possam acontecer. No entanto, até agora, estas tentativas têm sido marcadas pelo insucesso já que não houve mais nenhuma ocorrência desde Novembro. A Hertz questionou a mesma fonte do ICNF sobre eventuais indícios que pudessem já ter sido recolhidos no terreno mas ao Instituto, ficou essa garantia, não chegou mais nada do que registos fotográficos dos animais atacados. A mesma fonte voltou a garantir que a “hipótese-Lince” nunca foi considerada pelos especialistas já que este felino mata para comer e, neste caso, está patente o desejo de matar… por matar.
Entretanto alguns proprietários das ovelhas atacadas – e foram mais de cem em apenas 15 dias – têm procurado accionar mecanismos que lhes possam proporcionar algum tipo de indemnização face ao ocorrido mas enquanto não se souber qual o animal que está por detrás dos ataques estes processos não podem ser desbloqueados. Recorde-se que se estiver em causa uma espécie protegida, então haverá lugar a uma indemnização por parte do próprio Estado Português, desde que seja cumprido, ainda, um conjunto de pressupostos, nomeadamente requisitos de protecção, deste caso das ovelhas.
