Passaram, nesta sexta-feira, oito anos desde a passagem de um violento e destruidor tornado pelo concelho de Tomar e ainda pelos territórios de Ferreira do Zêzere e Sertã. Cerca de quarenta pessoas ficaram feridas e houve, ainda, registo para a destruição de algumas casas, telhados, centenas de estruturas públicas e árvores que a força do vento apanhou pelo caminho. Na cidade nabantina, o caso mais preocupante esteve centrado no
jardim-escola João de Deus, na conhecida como Estrada de Leiria, que ficou sem telhado. Felizmente, graças à rápida reacção de funcionárias e crianças, tudo não passou de um susto. De um grande susto. Principalmente para os pais, que não tinham forma de saber em que estado estavam os seus filhos, a menos que se deslocassem ao local. Os telefones fixos e redes móveis estiveram em baixo durante largas horas. Tomar esteve isolado. Até mesmo na questão dos apoios a quem sofreu com a passagem do tornado uma vez que o Estado tardou em cumprir o que prometeu: um pronto auxílio. Ainda hoje há quem não tenha conseguido recuperar financeiramente, desde particulares a empresas. Mas, nessa altura, onde falhou a mão do poder central, falou mais alto a solidariedade das pessoas. Alzira Peralta, directora do Jardim-escola João de Deus, foi uma das pessoas que viveu esses momentos de pânico a 7 de Dezembro de 2010. Oito anos volvidos, contactada pela nossa redacção, recorda, essencialmente, o espírito de entreajuda… que fez a diferença na altura de lidar com o medo: