Tal como foi do domínio público, a EDP Distribuição tinha previsto o corte de energia no concelho de Tomar para o dia 22 ou 29 de Janeiro, intervenção essa que poderia chegar a uma interrupção na electricidade na ordem das sete horas. A Hertz, recorde-se, contactou a empresa, que depois de nos negar os trabalhos no dia 22 deixou em aberto a possibilidade de fazer essa manutenção no último domingo de Janeiro, ainda que não tivesse sido feito qualquer aviso oficial à Câmara Municipal e, consequentemente, aos cidadãos afectados. A situação causou uma grande revolta, nomeadamente nas redes sociais, sendo que alguns cidadãos quiseram fazer valer os seus direitos e contactaram a EDP, protestando contra essas intervenções numa altura onde o frio chegava a valores negativos. A verdade é que a realização desses trabalhos ficou na gaveta.
O assunto chegou à Assembleia da República, altura em que o deputado tomarense Hugo Costa, eleito pelo Partido Socialista, sublinhou, precisamente, essa intenção da EDP, questionando o Ministro da Economia sobre os cortes em causa, não deixando de lamentar que o «seu concelho», neste caso Tomar, fosse o mais prejudicado. Na resposta os membros do Governo disseram que foi a sua intervenção que proibiu os cortes em pleno Inverno e no fim-de-semana mais frio do ano. O Secretário de Estado da Energia referiu ainda que os municípios deviam ter sido consultados e não foram. O investimento era na concessão de baixa tensão dos municípios.