Início LOCAL TOMAR – Funcionários do CIRE respondem a Fernanda Marçal: «Alega clima insuportável...

TOMAR – Funcionários do CIRE respondem a Fernanda Marçal: «Alega clima insuportável mas continua na direcção»

O Centro de Integração e Reabilitação de Tomar continua mergulhado num clima de “paz podre”, tal como a Hertz já tinha adiantado há algumas semanas. Importa recordar que Fernanda Marçal, presidente-cessante do CIRE, em entrevista precisamente à Hertz, disse que existem «maçãs podres» na instituição que criavam um clima «insuportável». Na resposta, alguns funcionários daquela instituição nabantina enviaram para a nossa redacção um esclarecimento sobre o caso que tem na sua base as críticas apresentadas num abaixo-assinado subscrito por «75% dos funcionários» a questionar várias decisões da anterior direcção. Eis o referido esclarecimento, na íntegra:

«No seguimento do artigo e entrevista na Rádio Hertz de Tomar com a Senhora Presidente da Direcção do CIRE, Professora Fernanda Marçal, cumpre-nos esclarecer por este meio e responder às acusações de “maçãs podres”. A participação dos Funcionários nas actividades ao longo dos anos, foi sempre muito activa com todas as direcções que passaram pelo CIRE. Começamos em Fevereiro, com a festa de aniversário da Instituição, que sempre foi programada e orientada por uma comissão de Funcionários eleita no ano anterior. O congresso da sopa é um evento assegurado pelos Funcionários vai para 20 anos, sendo nestes ultimos complementado com algumas vendas, também estas asseguradas pelos Funcionários do CIRE, como a venda do Pirilampo Mágico, a venda e feitura dos porta sopas e mais recentemente a venda de sobremesas também feitas pelos Funcionários. Feira Nacional do Artesanato em Tomar, ( anos 90 ) assegurada por turnos pelos Funcionários. Tasquinha na feira de Stª Iria e stand de artesanato. Espectáculos solidários no Cine Teatro Paraiso, as dezenas de festas de Natal, planeadas, organizadas e efectuadas pelos Funcionários do CIRE. Em 2009, na sequência de uma grave crise financeira na Instituição, foi solicitado aos Funcionários uma doação de 40 euros mensais dos seus salários, para auxiiar a Instituição nas despesas fixas. Exerceram os Funcionários essa doação durante cerca de ano e meio. Três anos depois, voltámos, (nós funcionários ) a prestar auxilio á Instituição, desta feita com 3,5% do nosso salário.

No decorrer dos tempos outras actividades foram surgindo, ás quais sempre nos associámos, até porque de outro modo não seriam realizadas, sendo elas:
Feira da laranja conventual, no Convento de Cristo.
Arraial dos Santos Populares.
Exposição do Lego Fan Event.
Estátuas Vivas.
Concerto Solidário no Pavilhão Municipal de Tomar.
Venda de bilhetes para espectáculos
Venda de rifas
Jantares solidários
Vendas de Natal efectuadas numa loja na Cidade de Tomar com produtos feitos a maior parte no CIRE e asseguradas por turnos entre os Funcionários.
Venda de produtos doados por uma empresa do mercado, que após vistos, reparados e devidamente preparados pelos Funcionários do CIRE foram durante inumeras vendas um esforço extra, algumas vezes fora de horas, inclusivamente fins de semana asseguradas pelos funcionários do CIRE, e que renderam á Instituição dezenas de milhares de euros.

Tudo isto para justificar, que ao longo dos anos, a participação do nosso trabalho,” Funcionários “ tem feito do CIRE uma casa que sabe acolher e proteger os seus utentes. As cartas apresentadas á Direcção do CIRE, escritas e assinadas pelos Funcionários e Formandos, nada mais representam que dúvidas e manifestação de solidariedade para com um colaborador dispensado das suas funções. Não insultámos nem denegrimos ninguém, apenas pedimos esclarecimentos e acima de tudo a tão aclamada transparência… Tentámos democráticamente chamar a atenção para tomadas de decisão unilaterais, não querendo provocar incompatibilidades.

Em relação á justificação dada para a contratação de um assessor, esta, não se compreende visto que uma Direcção não pode alegar falta de tempo, pois se o não tem, não se candidata, respeitante ao vencimento auferido pelo mesmo, onde na entrevista a senhora Presidente refere que é de 1.200 euros, será que não se esqueceu de alguma coisa? (encargos). Para fazer articulação entre as várias Valências e a Direcção, também não se percebe, visto esta articulação sempre ter sido feita pelas Coordenadoras de cada Valência. Quanto á saída dos corpos gerentes em virtude do clima insuportável, não é verdade, pois as pessoas que estão actualmente como Presidente e Secretária, passam para o Conselho Fiscal da nova Direcção. Aparentemente só mudaram de lugar. Para finalizar, quando é dito que foi oferecido ao Director da Valência CRP ( actualmente dispensado dos serviços ) voltar a dar formação de TIC, não entendemos como o poderia fazer uma vez que o actual formador tem um contrato de três anos e ainda só passou um ano. Contráriamente ao proferido pela Presidente Fernanda Marçal, o objectivo deste empenho e dedicação dos “ Funcionários do CIRE “ é sentir a Instituição nas nossas vidas, pois é assim que contribuimos para o seu crescimento e evolução e porque estamos cá todos os dias, não entramos hoje e saímos daqui a dois ou três anos. É por esta razão que doamos horas dos nossos feriados e fins de semana a esta causa tão nobre que é o CIRE. Acima de tudo, sevimos o CIRE e não nos servimos do CIRE. Queremos ser Funcionários reconhecidos como pessoas de valor e não apelidados com nomes que ferem a moral e dignidade de cada um.

Para evitar climas de represálias e maus tratos, vai a presente identificada pelas:
Maçãs Podres»