O dossier-Flecheiro voltou a dar que falar na recente reunião da Câmara Municipal de Tomar, em especial as declarações de Anabela Freitas, presidente da autarquia, em exclusivo à Hertz, ocasião em que a eleita do Partido Socialista referiu que uma das famílias de etnia cigana – com cerca de 25 cidadãos – será colocada em habitações a erguer nos terrenos próximos ao Destacamento da Guarda Nacional Republicana, “paredes-meias” com a estação da CP. João Tenreiro, vereador do Partido Social-Democrata, lamentou que Anabela Freitas não tenha respondido aos diferentes requerimentos que foram apresentados, considerando mesmo como uma «falta de respeito pelos eleitos e ainda pelos eleitores».
O esclarecimento mais cabal sobre aquilo que está em causa foi prestado pelo vice-presidente Hugo Cristóvão mas, antes, Anabela Freitas quis responder a João Tenreiro e referiu que «sempre disse que a resolução do Flecheiro passava por várias soluções», a exemplo da criação de «um ou mais parques nómadas», e a «reabilitação de escolas no concelho» sendo que, aqui, referiu, a habitação social estaria disponível para todos os cidadãos e não apenas para alguns. A presidente disse ainda que «construir e dar casas sem associar um projecto de integração social é mudar o problema de um lado para o outro».
Hugo Cristóvão assumiu a resposta a João Tenreiro. O vice-presidente enumerou as intervenções que foram efectuadas no Flecheiro, admitindo que podem ter sido em número reduzido «mas foi sempre mais do que se realizou nos últimos quarenta anos», garantiu, referindo, então, que já foram retiradas do espaço em causa cinco famílias, que já foram demolidas algumas barracas e que outros agregados exteriores têm sido impedidos de “assentar arraiais” no Flecheiro.
João Tenreiro não gostou de ouvir que o PSD tem «discutido o assunto na praça pública» e desafiou Hugo Cristóvão a apontar exemplos disso mesmo. O vereador acusou o vice-presidente de mentir quando refere que os sociais-democratas têm falado sobre o assunto publicamente, retorquindo que têm sido a presidente Anabela Freitas e até Luís Ferreira, membro da Assembleia Municipal de Tomar, a fazer aquilo de que o PSD é acusado. Informação completa em 98 e 92 fm