Está dado o primeiro passo para que a Festa dos Tabuleiros chegue a Património Imaterial da Humanidade da Unesco. O salão nobre da Câmara de Tomar foi palco para a apresentação do inventário científico que suporta a candidatura a Património Cultural Imaterial Nacional, um estatuto para o qual dezenas de pessoas trabalharam no decurso dos últimos meses, numa estreita colaboração entre a autarquia e o Instituto de História Contemporânea. Perante “sala cheia”, restaram poucas dúvidas de que a Festa dos Tabuleiros merece atingir essa dimensão mundial, uma dimensão expressa na sua riquíssima história, na interacção com a comunidade, no respeito pelo património. Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, abriu a sessão, referindo que a Festa dos Tabuleiros é «espírito de partilha», recuando cinco anos para dar conta do processo que conduz a esta candidatura a Património Cultural Imaterial Nacional, naquele que é o primeiro passo para Património Imaterial da Humanidade da UNESCO: Maria João Morais, Mordomo da Festa dos Tabuleiros, catalogou como «maravilhosa» a forma como se trabalhou no concelho, confessando-se orgulhosa por ser tomarense. Paula Godinho, do Instituto de História Contemporânea, referiu que o acompanhamento à Festa dos Tabuleiros foi «um privilégio», não hesitando em dizer que os tomarenses devem estar «orgulhosos» de um evento «ímpar». André Camponês, bolseiro/investigador que, desde Novembro, tem estado em Tomar a trabalhar neste processo para o Instituto de História Contemporânea, não escondeu a emoção perante tudo o que viu durante estes meses, não tendo dúvidas de que a Festa dos Tabuleiros «é única», referindo que o testemunho mais antigo é a Coroa da Asseiceira, que data de 1544. Assista à reportagem em vídeo editada pela nossa redacção.