TOMAR – Feira de Santa Iria 2024 com «prejuízo de cerca de 125 mil euros». Câmara admite ponderar sobre a colocação de entradas pagas nos espetáculos musicais

«Uma reflexão que pode ser feita». Foi desta forma que Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, reagiu à possibilidade de a autarquia começar a cobrar entradas para os espetáculos da Feira de Santa Iria. Esta possibilidade salta, assim, para cima da mesa depois de se saber que a edição de 2024 registou um prejuízo a rondar os 125 mil euros, lamentou Tiago Carrão, vereador do PSD. Acrescente-se que as despesas situaram-se nos 230 mil euros, sendo que o outro lado da balança – a receita – ficou-se pelos 106 mil. Os mencionados espetáculos obrigaram a custos na ordem dos 113 mil euros, verba que aumentou com os gastos nos serviços de segurança (31 mil), ainda com a montagem de stands (22 mil) ou na iluminação (17 mil euros), só para citar os valores mais elevados. Perante estes números, por ocasião da recente reunião do executivo, Tiago Carrão relacionou, então, o resultado negativo com os espetáculos musicais de acesso gratuito:
Filipa Fernandes, vice-presidente da Câmara de Tomar, admitiu que a questão do pagamento de ingressos tem sido assunto em análise mas advertiu que esta possibilidade «não seria correta para com os operadores que se encontram na Várzea Grande»:
Também Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, explicou que a colocação de entradas pagas iria resultar num acréscimo de «largas dezenas de milhares de euros» mas admitiu que, ainda assim, «é uma reflexão que pode ser feita»: