Os tomarenses, que já pagam uma das facturas mais caras de Portugal no que à água diz respeito, vão ter pela frente ainda mais aumentos. O assunto estará em análise na reunião do executivo autárquico desta quarta-feira, sendo que o Partido Social-Democrata, num texto assinado pelo vereador José Delgado, já manifestou posição contrária ao Orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Tomar, lamentando que «o caminho seguido seja «transferir os custos para os consumidores em vez de se avançar com uma gestão eficaz de recuperação de perdas». Os números são referidos: os SMAS compram cerca de 3 488 301 m3 de água à EPAL, volume do qual vende 1 761 911 m3 de água aos clientes, registando perdas de 1 729 390 m3. O texto do PSD regista que «a preços actuais, segundo os escalões em vigor, as perdas de 1 761 911 m3 de água, por roturas e roubos de água, corresponderiam a 1 783 550,90 €, um valor perdido, que a ser recuperado poderia potenciar a descida dos preços da água, criar novas oportunidades de investimento e minimizar despesas do SMAS», lamentando, desta forma, que «a proposta de aumento do tarifário corresponderá a um aumento de receita para o SMAS, de aproximadamente 351 161,65€, que irá ser suportado pelos consumidores Tomarenses, já penalizados com uma das águas mais caras do país».
O texto dos sociais-democratas volta a basear-se em númerso:
«O SMAS e a Câmara, decidiu para 2018:
– No abastecimento de água: Subida de 2,5% a incidir sobre a tarifa fixa e sobre a tarifa variável.
– Na gestão de resíduos urbanos: Subida de 5% a incidir sobre a tarifa fixa e sobre a tarifa variável.
– No saneamento de águas residuais: Subida de 10% a incidir sobre a tarifa fixa e sobre a tarifa variável, à excepção do1.º escalão, que sobe 25% para cobrir o custo do serviço.
– Verificação extraordinária de contador a pedido do consumidor: Subida de um tarifário de 34,10€ para 61,25€».