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TOMAR – Exclusivo Hertz: CIRE em clima de paz podre. Direcção cessante acusa parte dos funcionários de a apelidar de “escumalha”

O Centro de Integração e Reabilitação de Tomar tem vivido, ao longo dos últimos anos, um clima de “paz podre”. É a própria Fernanda Marçal, ainda presidente em funções, que o admite em entrevista exclusiva à Hertz. Aliás, a dirigente – mostrando-se muito desgostosa com a situação, não evitando mesmo alguma emoção – disse mesmo que a direcção era apelidada de «escumalha» por parte dos cerca de 120 funcionários, de tal forma que em dia de eleições – precisamente nesta quinta-feira – Fernanda Marçal apontou este clima «insuportável» como razão para a saída dos órgãos sociais a que ainda preside.

Convém centrar esta entrevista. A Hertz recebeu, a 7 de Dezembro último, um texto não identificado, “escrita” essa que tece duras críticas à direcção de Fernanda Marçal, dando conta de três despedimentos desde o início do mandato, de entre os exemplos um funcionário que cumpria as funções «com extrema qualidade», garante esse mesmo texto que ainda confirmava a entrega de um abaixo-assinado subscrito por «75% dos funcionários a questionar o porquê destas decisões».

Fernanda Marçal aceitou, então, responder às acusações, começando, então, por admitir o referido clima «insuportável» provocado por parte dos funcionários, acusou, confirmando que a direcção foi apelidada de escumalha e que não se mostrou disponível para continuar em funções devido às «maçãs podres» que existem no CIRE.

Relativamente ao abaixo-assinado, a ainda presidente do CIRE confirmou que a direcção recebeu esse documento, assinado por 56 funcionários. O texto terá sido elaborado pelo Centro de Reabilitação Profissional, referiu Fernanda Marçal, que explicou este descontentamento com a implementação da requalificação profissional e ainda com a polémica relacionada com o director pedagógico da valência CRP. A presidente disse que este funcionário não tinha sido despedido, o que o próprio confirmou perante a reportagem da Hertz.

Outra das críticas referidas no texto anónimo tem a ver com a contratação de um assessor da direcção, no caso José Lagarto, que o suposto grupo aderente ao comunicado disse ter um vencimento de 1600 euros. Fernanda Marçal negou este valor – e a Hertz confirmou que os montantes brutos auferidos rondam os 1200 – e quis sublinhar que o CIRE necessita mesmo de uma pessoa a tempo inteiro.

Outro dado que a Hertz pôde confirmar é que quando esta direcção tomou posse no CIRE deparou-se com um passivo de 250 mil euros… situação revertida para 50 mil positivos.