Está apresentado o projeto – numa versão que ainda não é a final – da reabilitação prevista para parte do chamado centro histórico de Tomar. Cerca de quatro dezenas de pessoas encheram o salão nobre da Câmara Municipal, na esmagadora maioria residentes e comerciantes daquela zona urbana. E, na verdade, não faltou quem ficasse de pé atrás com o que está projetado. Mas já lá vamos. Convém, desde já, referir que a obra – cuja primeira fase deverá ter inicio no primeiro semestre de 2025 – incide em saneamento, instalação de fibra óptica, colocação dos fios elétricos no subsolo, precisamente aqueles que ‘decoram’ as fachadas dos imóveis. Neste mapa estão diferentes ruas como a Aurora de Macedo, Joaquim Jacinto, rua do Teatro, rua de São João, do Pé da Costa de Cima e de Baixo, estas numa primeira fase, assim como a avenida Cândido Madureira e a rua dos Arcos, numa intervenção mais avançada. Estará em causa um investimento superior a um milhão de euros. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, projetou o que está em causa. A apresentação propriamente dita do projeto esteve a cargo do arquiteto Paulo Tormenta, que fundamentou as opções que compõem este projeto, assegurando que o ‘traçado’ histórico da zona mais antiga da cidade será para manter. Feita esta apresentação, seguiu-se a intervenção do público. E, face a alguns dos reparos efetuados, ficou a certeza que o projeto está longe de reunir o consenso entre os residentes. Questões como o abate de árvores, a colocação de piso propício a quedas, a falta de estacionamento e a intervenção na praceta da entrada da Mata dos Sete Montes mereceram as maiores críticas. Hugo Cristóvão respondeu às observações dos cidadãos. Quanto às árvores, deu a entender que algumas espécies plantadas não são adequadas ao espaço urbano, para além do estado em que se encontram.