Foram divulgados, numa cerimónia realizada em Tomar, os vencedores da 3ª edição do Programa Tradições, que apoia projetos de preservação das práticas mais genuínas da cultura popular portuguesa. Os nove projetos selecionados vão ser apoiados com 250 mil euros no total, para desenvolverem iniciativas que protejam e promovam estas tradições ancestrais, muitas delas em risco de extinção. O Programa Tradições recebeu 67 candidaturas de municípios onde a EDP tem centros produtores de energia. Desde 2015, o primeiro ano do programa, a EDP apoiou e acompanhou 23 projetos através da disponibilização de 400 mil euros, alavancando mais de 1 milhão de euros. Os projetos apoiados tiveram um impacto positivo em 27 municípios.
O projeto “Almoce e jante connosco” é um dos vencedores desta edição. É promovido pela Associação do Turismo de Aldeia, de Ponte de Lima, e pretende que os habitantes de diversas aldeias abram as portas de casa e convidem desconhecidos para celebrar uma refeição tradicional. É uma oportunidade de conhecer a história e gastronomia destas aldeias, enquanto se promove a identidade comunitária e a diminuição do isolamento das populações. A cestaria tradicional e o cultivo dos currais de lagoa, no município de Montalegre, vão ser promovidos e preservados pelo projeto “Carrejadas”, promovido pelo Conselho Diretivo dos Baldios do Cabril. Esta iniciativa é uma das vencedoras desta edição do programa. O projeto que quer proteger o trabalho dos artesãos de Penafiel também foi selecionado pelo júri. “Das artes e ofícios tradicionais de Penafiel” vai registar as memórias, técnicas e produtos utilizados pelos artesãos, para depois promover a transmissão destes conhecimentos às novas gerações. “As contradanças e quadrilhas enquanto património cultural imaterial na região duriense”, promovido pela Universidade do Porto, foi escolhido por querer preservar as contradanças/quadrilhas durienses, uma celebração cultural em extinção, devido à falta de dançadores tradicionais.
No caso do “Rio Douro – um povo de remadores”, o Centro de Recreio Popular de Arnelas quer formar novos remadores que dominem a arte de navegar nos tradicionais barcos pescadores do baixo Douro. O apoio ao projeto vai permitir adquirir quatro barcos pescadores, assim como a manutenção de barcos tradicionais.
A Câmara de Abrantes quer fazer o levantamento histórico da produção de seiras e capachos usados nos lagares de azeite que são feitos recorrendo à tradicional produção em esparto. O “Esparteiro – Artes de entrelaçar” vai promover workshops de produção tradicional e também é apoiado pela 3ª edição do Tradições.
O projeto “Promoção e construção artesanal de Bombos, Caixas e Pífaros” pretende preservar os saberes associados à construção de bombos e restantes instrumentos musicais, originários da zona do Fundão. Serão promovidas oficinas para ensinar a construção destes instrumentos e assim promover a transmissão de conhecimentos entre gerações.
“À (re)descoberta do Cofo e sua Arte” é outro dos projetos vencedores, que pretende manter a arte de trabalhar o cofo e reavivar a sua identidade cultural, através de oficinas. O projeto é promovido pelo Grupo Recreativo Vilaverdense, da Figueira da Foz.
Por último, o nono projeto escolhido vai preservar e promover um falar de Sines, desconhecido pela maioria dos munícipes da cidade, e que se encontra em risco de desaparecimento. O “Dizeres” é promovido pela Câmara Municipal de Sines e pretende recolher e estudar informações sobre este falar, para mais tarde divulgar e promover vocábulos e expressões específicas.
Nesta edição, o Tradições recebeu 67 candidaturas que abrangem 91 municípios onde a EDP tem centros de produção de energia. Os nove projetos selecionados foram conhecidos esta manhã, num evento em Tomar, onde se celebraram algumas das tradições mais genuínas da cultura popular. Nesta gala estiveram também alguns vencedores da última edição, que desenvolveram os seus projetos de preservação da cultura com o apoio da EDP.
Em 2018, o Programa Tradições associou-se ao Ano Europeu do Património Cultural, que tem como objetivo chamar a atenção para o papel da cultura e do património no desenvolvimento social e económico na Europa, assim como motivar os cidadãos para os valores comuns europeus.
Este programa tem como objetivos valorizar as culturas e tradições locais, estimulando a autoestima das comunidades, ajudar a criação de novos públicos, garantindo que as novas gerações valorizam e integram as artes e os saberes populares, evitando a extinção das mesmas.
Desde 2015, o primeiro ano do programa, a EDP apoiou e acompanhou 23 projetos através da disponibilização de 400 mil euros, alavancando mais de 1 milhão de euros. Os projetos apoiados tiveram um impacto positivo em 27 municípios.