Os encarregados de educação dos alunos da Escola Básica 1 de Paialvo estão a ser convocados para participarem numa reunião com o Agrupamento Templários. O encontro está marcado para esta quarta-feira, pelas 19 horas, nas instalações da escola e pode estar em cima da mesa a análise do eventual encerramento daquele estabelecimento de ensino. Aliás, estão a circular rumores junto da população de Paialvo quanto a uma eventual decisão da Câmara Municipal de Tomar no sentido de encerrar a estrutura com base no critério do número reduzido de alunos. A Hertz contactou Luís Antunes, o presidente da Junta de Paialvo, que se mostrou profundamente contra o eventual encerramento da escola: «Esta é uma luta de gato e de rato… porque perante a Lei existente, já há largos anos, já do tempo da Direita, a Escola de Paialvo, como muitas outras do nosso concelho, não tem alunos suficientes para estar em funcionamento. Mas, ainda assim, temos conseguido esta escola por motivos óbvios… Se os alunos de Paialvo forem para a Curvaceira ficaremos só com uma escola aberta na freguesia e a escola da Curvaceira não tem capacidade funcional para que as coisas corram da melhor maneira. Aponta-se para que no próximo ano lectivo possamos ficar quase com o mesmo número de alunos, isto senão vierem outros, ou seja, para cima de uma dúzia de alunos. Alguma coisa mudou neste País, pelo que não esperávamos, novamente, um ataque de ideias retrógradas e que contrariam o desenvolvimento da política para o Interior. Estamos frontalmente contra e tudo faremos, no campo democrático, para contrariar estes intentos. Estas leis é que estão a mais e devem ser mudadas perante o ambiente de mudança com as eleições de 4 de Outubro».
Entretanto, os encarregados de educação, população e a Junta de Paialvo prometem não baixar os braços caso se confirme este cenário e estão, assim, unidos contra o encerramento, alegando que a escola tem sobrevivido com menos de 21 alunos, número definido pela Lei. Luís Antunes revelou à Hertz que, perante esta perspectiva, a Junta já fez chegar um e-mail à Câmara de Tomar em que expressa o seu total desacordo: «Seguiu já um e-mail a abordar esse processo de intenções… São só rumores mas, perante isso, já mandámos essa comunicação a dizer qual a nossa decisão. De certeza que a população de toda a freguesia irá mostrar o seu descontentamento. Estas ideias de isolamento e de tentarmos que as aldeias sejam quase um fantasma… Acreditamos que o bom-senso vai imperar e que a Lei vai mudar. É uma Lei feita no tempo da Direita e que pouco interessa. Contem com a nossa resistência democrática».