É oficial. A Câmara de Tomar vai avançar para a suspensão das aulas na Escola Básica Raul Lopes devido à falta de recursos humanos. A indicação foi avançada à Hertz por Anabela Freitas, presidente da autarquia nabantina. Estão em causa várias infecções confirmadas em funcionárias daquele estabelecimento de ensino, seis em sete precisamente, pelo que o Município, «apesar de se ter desdobrado em esforços durante os últimos dias, não consegue garantir a segurança das crianças», lamentou Anabela Freitas. Convém esclarecer que a Câmara tem legitimidade para tomar esta decisão tendo em consideração que estão em causa meios operacionais mas o mesmo não pode acontecer no que diz respeito a casos de contágios, ou seja, Anabela Freitas reforçou que é intenção do Município e das autoridades de saúde suspender as aulas em todas as escolas do concelho, independentemente do grau de ensino, mas aqui a decisão final será sempre da Direcção-Geral de Saúde, que até se poderá pronunciar de forma favorável a essa expectativa durante este fim-de-semana. Ou seja, a suspensão das aulas a partir de segunda-feira em todos os estabelecimentos de Tomar é uma hipótese em cima da mesa. Quanto à EB Raul Lopes, fica assim com a actividade lectiva interrompida até final de Janeiro, sendo que a última semana deste mesmo mês é de férias perante o regime de semestres que está implementado.
Entretanto, a Câmara de Tomar já confirmou, em comunicado, este cenário:
«Face à contingência provocada pela pandemia, várias têm sido as necessidades que, neste particular na área da educação, têm obrigado nos últimos tempos a um esforço permanente e conjunto do Município, dos Agrupamentos Escolares e da Delegação de Saúde. O Município não tem competência para decretar genericamente o encerramento de uma escola, mas compete-lhe assegurar a generalidade de recursos humanos e materiais. Em relação à EB1/JI Raul Lopes, a maior escola desta tipologia no concelho (198 alunos de 1º ciclo), com os casos positivos de COVID surgidos nos últimos dias entre funcionários municipais e da Associação de Pais, tem-se feito um esforço de recurso, quer a funcionários alocados a outras escolas, quer a outros serviços municipais, para garantir o mais possível o normal funcionamento daquele estabelecimento de ensino. A partir de segunda-feira, e com mais casos entretanto surgidos, essa possibilidade não está garantida em relação ao 1º ciclo, deixando de ser possível assegurar a qualidade e a segurança mínima para a presença dos alunos na escola, pelo que o Município assume a responsabilidade de a encerrar ao longo da próxima semana. Recordamos ainda que, pelo calendário escolar em vigor no concelho, na semana de 25 a 29 de janeiro haverá intervalo semestral, pelo que já estava previsto que os alunos não teriam aulas nessa semana».
