Está finalizado o prometido inquérito da Direcção-geral do Património Cultural sobre os estragos no Convento de Cristo na sequência da rodagem do filme «O homem que matou D. Quixote». Já depois do prazo estabelecido – que ficou cifrado em vinte dias – diz, agora, a DGPC que a reportagem do programa «Sexta às 9», da RTP, levou ao “ao empolamento e à adulteração de factos”. A Direcção-geral refere-se, ainda, a outras das situações mais polémicas em torno de uma fogueira e diz que «não foi ateada uma fogueira com cerca de 20 metros de alturas e as paredes supostamente enegrecidas pelo fumo são o resultado da presença de agentes biológicos sobre as pedras calcárias”, referindo que estiveram em causa efeitos especiais. Quanto aos estragos em algumas bases de colunas – a Hertz, em reportagem, contabilizou quatro lascas no Claustro principal e outras falhas nos quatro canteiros ali próximos – a DGPC voltou a referir que a verba de 2900 euros contabilizada para reparar esses “transtornos” dá a entender que foram situações sem gravidade. Despercebida neste relatório passou a presença de dezenas de botijas de gás que, em caso de explosão, iria resultar numa tragédia, não só para o monumento mas principalmente para as pessoas que ali se encontravam.
Reveja a entrevista em exclusivo da directora do convento, Andreia Galvão.