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TOMAR – Dia da Restauração assinalado em Lisboa: Sociedade Gualdim Pais representou concelho

Ao fim de três anos, o 1º de Dezembro voltou a ser novamente feriado, na reposição dos feriados deste governo apelidado da “geringonça” mas que pelo menos repôs o que jamais “deveria ter sido retirado” segundo palavras do Presidente da República o discurso da manhã das comemorações junto Padrão dos Restauradores em lisboa. O Presidente da República e o primeiro-ministro, juntos, facto que já não se via há alguns anos, discursaram na Praça dos Restauradores, onde decorreu a cerimónia central das comemorações do 1.º de Dezembro.

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, participaram na quinta-feira na primeira comemoração oficial do Dia da Restauração desde que o feriado do 1.º de Dezembro foi reposto. A cerimónia teve início às 10h na Praça dos Restauradores, e foi promovida e organizada pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o Movimento 1.º Dezembro de 1640 e a Câmara Municipal de Lisboa. Marcelo foi o último a subir ao palco montado na Praça dos Restauradores, fechando a cerimónia. O discurso do Presidente da República foi antecedido por uma intervenção de Costa, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do coordenador-geral do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro e do presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Alarcão Troni.

A cerimónia central das comemorações do 1.º Dezembro terminou com a deposição de coroas de flores de homenagem aos heróis da Restauração. Para a tarde, programadas houve outras iniciativas por parte do Movimento 1.º Dezembro, nomeadamente o quinto Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas 1º de Dezembro, na Avenida da Liberdade e na Praça dos Restauradores. Pelas 15h, cerca de 1600 músicos, de 35 bandas filarmónicas e agrupamentos de todo o país, reúniram-se em Lisboa para desfilar na Avenida da Liberdade, terminando com uma atuação conjunta nos Restauradores. Pela primeira vez uma banda da Madalena na ilha do Pico- Açores. A apresentação do 5º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas é também uma homenagem a esta prática musical com mais de 200 anos que, um pouco por todo o país, continua a desempenhar um importante papel na formação cívica e musical de crianças e jovens.

Dentro das bandas, umas com mais ou menos executantes, outras mais bem fardadas e com brio, outras a executar melhor e outras menos bem, umas com instrumentos novos e bem conservados e outras denotando a falta de dinheiro, houve de tudo. A Filarmónica Gualdim Pais estaria no top das bandas presentes e desfilou bem formada, com muitos jovens, devidamente fardados, com postura e brio, ao som de muitas palmas que o muito público presente batia. Á chegada a apresentação pelo apresentador “A Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, actualmente com cerca de 1800 sócios familiares, foi fundada em 28 de Março de 1877. No inicio da sua existência o seu principal objectivo assentava na manutenção de uma banda filarmónica, a qual veio a manter uma actividade regular ao longo dos 134 anos de existência da instituição.

Do leque de actividades foi crescendo e actualmente, para além da banda filarmónica funciona uma Escola Vocacional de Música e uma Escola Vocacional de Dança”. Dava nas vistas ser uma escola de música de pergaminhos num concelho que felizmente e fruto da dedicação dos que amam esta arte e cultura tem duas bandas na cidade e duas nos meios rurais. O nosso autocarro estacionado em plena Avenida dentro dos 4º era outro cartão de visita e o seu dedicado motorista o Cerejo tem-no a brilhar.

Junto à Estátua dos Combatentes da Grande Guerra todos os grupos reunidos interpretaram o Hino da Maria da Fonte, o Hino da Restauração e o Hino Nacional, sob direção do Maestro da Banda Sinfónica do Exército, Tenente Duarte Cardoso. Esta iniciativa é uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa, a EGEAC e o Movimento 1º de Dezembro. António Freitas