O Concurso do Castelo de Abrantes, promovido pelo Município de Abrantes em parceria com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitetos, cujos prémios foram já entregues aos três vencedores selecionados de entre as 12 propostas concorrentes, representa para o arquiteto Pedro Costa, presidente da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitetos, “um bom exemplo do que deveria ser a relação estreita entre os municípios e os profissionais da Arquitetura e devia repetir-se noutros municípios.” Requalificar e valorizar o Castelo de Abrantes, ao mesmo tempo que se aprofunda uma relação integradora e harmoniosa com a cidade abrantina, foi o objetivo deste concurso, que decorreu no âmbito do Programa Escolha Arquitetura, a plataforma criada pela Ordem dos Arquitectos com vista, sobretudo, a uma maior agilidade dos procedimentos concursais.
A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, na cerimónia de entrega dos prémios aos arquitetos vencedores (Laura Cebrián – 1.º lugar; KWY Arquitectura – 2.º lugar; e Girão Lima Arquitectos com o Arquiteto Miguel Cruz de Carvalho – 3.º lugar) reforçou a importância de chamar os arquitetos a pensar as cidades, os lugares, pela “vasta formação destes profissionais, não só do ponto de vista da organização do espaço, mas também pelas perspetivas sociais e culturais que trazem a essa reflexão.” A autarca lembrou que este concurso não é caso único em Abrantes e que esta relação, especialmente com a Delegação do Centro da Ordem dos Arquitetos, é para manter.
O arquiteto Pedro Costa assinala que “este momento foi importante para a Arquitectura na região Centro do país” e defende que “a lógica do concurso de arquitetura pode ser muito enriquecedora, trazendo para a praça pública, propostas, ideias, projetos de grande valia para uma melhor vivência local comum.” O presidente da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitetos dá o exemplo do projeto de requalificação da Várzea Grande, em Tomar, “zona crucial da zona citadina tomarense.” “A requalificação da Várzea Grande de Tomar é um caso exemplar de necessidade e pertinência de um concurso de Arquitetura, à semelhança do realizado em Abrantes”, refere Pedro Costa. Esta convicção, justifica-a “pela centralidade deste espaço e pelo impacto positivo que um projeto de arquitetura, decorrente de um debate e da análise de diferentes abordagens, poderia trazer à cidade habitada e à cidade turística.”