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TOMAR – Cumprem-se, hoje, 176 anos desde a elevação a cidade por decisão de D. Maria II

Tomar assinala, nesta quinta-feira, 176 anos desde a elevação a cidade. Foi a 13 de Fevereiro de 1844 que nasceu, dessa forma, a primeira cidade do distrito de Santarém, por decisão de D. Maria, que deu parecer positivo a um pedido da Câmara que datava de 28 de Outubro de 1843, texto esse que solicitava a elevação da Vila à categoria de Cidade. Aliás, Santarém só seria elevada a cidade em 1868, no reinado de D. Luís I. A título de curiosidade refira-se que Braga é a cidade mais antiga de Portugal, um estatuto ganho ainda antes da nacionalidade, lote em que também entram Coimbra, Évora, Lamego, Lisboa, Porto, Silves e Viseu. Tomar aparece como a 28ª cidade a ser criada.

Fica o registo, através da página de Facebook do perfil CCR Carvalhal, da transcrição do alvará, em papel pergaminho e o selo de armas Reais pendente de fita azul e branca: «D. Maria, por Graça de Deus, Rainha de Portugal e dos Algarves e seus domínios. Faço saber aos que esta Minha Carta virem que Eu Fui servida de Mandar passar o Alvará do teor seguinte. Eu a Rainha Faço saber aos que este meu Alvará virem que tendo-me representado a Câmara Municipal da notável Vila de Tomar haver aquela terra desde tempos imemoraveis, até que foi arrasada pela irrupção dos Àrabes, gozando da categoria de cidade com a denominação de Nabância, reunindo a esta circunstancia a grande notabilidade histórica e muitas gloriosas recordações, que lhe estão ligadas; e atendendo não só ao legado mas a ser a mesma vila uma das mais vastas e formosas deste Reino, enriquecida com varias fabricas e ornada de numerosos e belos edifícios, entre os quais se distingue, por sua celebridade, o do extinto Convento da Ordem de Cristo, possuindo além destes todos mais elementos para sustentar com dignidade a categoria de cidade; e tomando finalmente em consideração os claros testemunhos que os Tomarenses Me teem dado da sua nobre dedicação ao Trono e Carta Constitucional da Monarquia: Hei por bem e Me Praz, Deferindo à sua representação da Câmara Municipal do Concelho de Tomar, que a dita Vila do dia da publicação deste Alvará em diante, fique erecta em Cidade, denominando-se Cidade de Tomar , e que como tal goze de todas as prerrogativas que directamente lhe pertencem. Pelo que Mando a todos os Tribunais, Autoridades, Oficiais e mais pessoas, a quem o conhecimento deste alvará competir, o cumpram como nele se contém sem duvida ou embargo algum. E por firmeza do que dito Ordeno que pelo Secretário de Estado dos Negócios do Reino se lhe passe Carta em dois diferentes exemplares, que serão por Mim assinados e selados com o selo pendente das Armas Reais, Um deles para o seu titulo e outro para remeter torre do tombo. Pagará de direitos setenta mil réis, como constou de um conhecimento em forma com o numero mil setecentos e quarenta e data de nove do corrente mês. dada no palácio das necessidades em doze de Fevereiro de mil oitecentos e quarenta e quatro. Rainha – António Bernardo da Costa Cabral».